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domingo, 16 de setembro de 2012

São Cipriano

São Cipriano

 Era filho de uma nobre família africana de Cartago, capital romana na África do Norte. Foi considerado uma das figuras mais empolgantes do século III, tanto por se destacar como advogado, quando ainda era pagão, quanto por ser considerado um mestre da retórica. Mas também e principalmente por sua conversão ao cristianismo. Cipriano não deixou apenas sua vida de pagão, mas também distribuiu quase toda sua fortuna entre os pobres, renunciando à ciência profana da qual se alimentara até então. Com muito pouco tempo foi ordenado sacerdote e, por sufrágio do clero e do povo, imediatamente substituiu, ainda que a contragosto, o bispo de Cartago logo após sua morte. Nos anos de 249 a 258, durante o episcopado de Cipriano, a Igreja africana passava por sérios problemas. Décio e Valeriano empreenderam uma perseguição sem tréguas aos cristãos e, além disso, uma grande e terrível peste atacou o norte da África, causando muitas mortes e sofrimento. Como se não bastasse, a Igreja ainda se agitava com problemas doutrinários. Durante a perseguição do imperador Décio, em 249, grande número de fiéis fraquejaram perante as torturas e abandonaram a fé cristã. Não se sabia que atitude tomar contra os fiéis que abandonavam a fé. Em Roma, Novaciano começava uma forte corrente a favor da não-reconciliação dos desertores. Já na África, um certo Felicíssimo era completamente contra essa atitude, rogando pela clemência e reintegração do rebanho desgarrado. Uma outra controvérsia, que assolava a Igreja na época, era a validade ou não dos batismos realizados por hereges. O papa, seguindo a tradição, considerava válidos os batismos, já São Cipriano dizia: “Não se pode dar a fé quem não a tem”. E o caso permaneceu sem solução. Em 258, ainda com a perseguição contra a Igreja, Cipriano foi denunciado e sentenciado à morte. Seria degolado. As atas escritas desse dia contam que quando o pró-cônsul determinou a sentença de morte, as únicas palavras proferidas por Cipriano foram: “Graças a Deus!” Esse fato aconteceu no dia 14 de setembro de 258.

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