Páginas

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sexualidade



Sexualidade 
Não pode ser reduzida à genitalidade
O termo sexualidade surgiu no século XIX e tinha um significado que envolvia vários aspectos como o somático e psíquico. Precisamos pensar a sexualidade neste contexto mais amplo: Físico e Psíquico.

A TV nos mostra a sexualidade apenas no campo físico, pelo enfoque da busca pelo prazer. Os jovens compram esta imagem ilusória e entram pelo caminho do sexo desregrado, e desconhecem na maioria das vezes o próprio funcionamento dos órgãos genitais, a anatomia do próprio sexo, quanto mais dos outros e se julgam em condições de partir para estes relacionamentos.

Uma de minhas surpresas ao estudar através de pesquisas sobre a juventude, foi uma da folha de S Paulo mostrando que os jovens desconhecem seu próprio corpo, os meninos consultados na sua grande maioria desconhecia o processo da menstruação das meninas, estas por sua vez raras vezes conhecem o funcionamento do próprio corpo, quando estão férteis, quando há risco de engravidar, etc., vale só para ilustras que no tempo em que as meninas se sentem mais excitadas, é exatamente o tempo de maior fertilidade, e talvez seja por isto que tantas engravidam.

A atração, o desejo físico, sexual é normal, mas aprender o autocontrole é essencial para a vida, no namoro além da oportunidade de exercitar o auto controle, também temos a oportunidade de não provocar o outro para o pecado. Um dos caminhos para enfrentarmos ás tentações é conhecer o mecanismo que as move dentro de nós e sua relação com mundo exterior.

A tentação começa se utilizando de nossos sentidos exteriores, seja a visão, a audição, o tato, e até mesmo o olfato. Na verdade os sentidos são essenciais a vida e até mesmo a vida espiritual pois S. João da cruz diz que toda experiência com Deus passa necessariamente pelos sentidos, no entanto toda a vida espiritual que quer crescer tem que sair do sentir e partir para a experiência da fé, assim também recebemos pelos sentidos diversos impulsos, que nos levam a tomadas de decisões, que poderão ser para o bem de nossa alma ou para a nossa derrota diante do pecado.

Quando pelo olhar somos tentados ou por qualquer outro sentido, isto não significa que cometemos qualquer pecado pois não podemos impedir de sentir, os sentimentos não são coisa ruins ou mesmo boas são simplesmente sentimentos positivos ou negativos, o que fazemos após isto, tem um significado ligado a vontade, e desta forma, partindo de uma decisão livre pode ser boa ou má. Hoje em dia ouvimos falar de tele sexo, e sua grande utilização principalmente pela juventude, sabemos que não é simplesmente ouvir que torna tal ato pecaminoso, mas o passo seguinte da tentação é o deleite, após olhar ou ouvir, deleita se no que vê ou ouve, como conseqüência concebe em seu coração ou mente o pecado, isto é começa a desejar, a um despertar do desejo, em seguida o pecado é gerado no coração, entram ai em ação a imaginação, a fantasia, o pecado já cravou suas raízes, o próximo passo não é outro senão a ação se consentida pelo outro ou mesmo a ação realizada no coração.

Diante deste mecanismo é importante a vigilância, pois se não conseguimos barrar o progresso da tentação não permitindo que nossa alma se deleite no pecado, e com isto acabe por concebê lo, é melhor como diz a escritura cortar sua mão se esta leva a pecar do que ter as duas e não entrar no reino dos céus, assim é melhor evitar ocasiões onde se escutará coisas que te levem a pecar, evitar dar a liberdade ao olhar para que este não te desencaminhe, quero reforçar que não há pecado no sentimento gerado pelos sentidos, há pecado no deleite concebido gerado em nosso coração.

Olhar com admiração ou mesmo ouvir palavras românticas, que às vezes mexem com nossos hormônios, não é pecado, porém dar vazão ao deleite concebendo em nosso coração as fantasias e imaginações do que poderia ser feito, isto sim nos é nefasto, e com certeza nos levará ao pecado realizado.

Os namorados devem portanto procurar dialogar para compreenderem o que os pode levar a crescer em intimidade sem pecar, aprendendo a lidar com seus sentimentos, e procurando não ceder a tentação uma vez que \"Deus não nos dá tentação acima de nossas forças.\"

Uma grande pesquisa americana constatou que os casais cristãos são mais felizes sexualmente do que a maioria dos não cristãos, isto é as mulheres cristãs chegam ao orgasmo mais vezes do que a maioria dos casais não cristãos, é claro que isto não é uma graça simplesmente, mas a estabilidade gerada pela relação cristã, é um dado fundamental para este sucesso, também devemos considerar que a visão cristã do matrimonio que busca antes a felicidade do outro, ajuda a que o homem procure criar o romantismo necessário, bem como valorizar as caricias no lugar do simples ato sexual.

E preciso também tomar cuidados com relação as fantasias criadas pela cultura mundana em que vivemos, no caso masculino, muitos jovens tem fantasias com a prostituição, e muitas vezes são possuídos por imaginação sobre aberrações sexuais, no caso feminino a mais comum é a do príncipe encantado, que leva a uma alienação da realidade, e cria frustrações no relacionamento, uma vez que o príncipe não existe na verdade daquela forma, mas é fruto de uma imaginação. Não podemos deixar de ver que existem alguns problemas reais gerados no caso de namoros que acabam em sexo genital, antes do casamento, gostaria de citar alguns para que possa ajudar a nossa reflexão:

01 - Gravidez prematura

Sabemos que uma das razões da genitalidade é exatamente a geração de vida, é um mandato de Deus, \"Crescei e multiplicai vos\", disse o criador no livro do Gênesis, uma vida gerada, é uma participação especial do Senhor, na vida de todos os que estão ao seu redor, porém temos visto a vida nascente muitas vezes como um problema, que muitas vezes chega a ser social, podemos ver no caso das crianças órfãos de pais vivos que o Santo Padre o Papa alertou como um dos grandes problemas da atualidade.

Também, é daí que surgem a frase \"filhos dos avós\", e que se tornam um desvio no futuro da educação. Mesmo assim encontramos dois tipos de casos de gravidez prematuras, aquelas que após o fato, levaram os namorados ao casamento e aquela que não terminou em casamento, a gravidez prematura gera sempre seus traumas, no relacionamento que não era adequadamente maduro pois ainda eram namorados, e passa a sofrer uma abrupta mudança inclusive emocional devido a mudança feminina, e as pressões que sofre, a insegurança, pois conheci muitos casos onde a moça tinha certeza de que se casaria, e acaba por sofrer a decepção do abandono.

Em alguns casos a situação da gravidez leva a casamentos onde não houve uma possibilidade de avaliação de todas as dimensões do relacionamento, e desta maneira casamentos já começam como se fosse uma loteria, só Deus sabe o que vai dar. O casal mesmo que se ame e tenha um compromisso sincero um com o outro e com Deus, fica privado de uma evolução no casamento pois ele começa já com um novo agregado que o filho que virá, e antes mesmo de harmonizar a nova vida, já é necessário viver outra dimensão da vida: ter o filho.

Quantas vezes vejo a relação sexual dificultada no casamento por que o medo de nova gravidez vai inibindo o relacionamento.

Quando a gravidez encontra se sozinha, isto sem o companheiro, temos uma ferida profunda no homem, que nunca mais poderá se sentir um pai completo, pois um dia abandonou o que era de si mesmo, porém a ferida na mulher é ainda maior pois tem uma vida que necessita de extremos cuidados reclamando dela a estabilidade, o afeto, e ela mesmo está sensibilizada e carente pela relação que não era verdadeiramente completa.

02 - Problemas de consciência

Quando em um namoro os jovens não tem domínio sobre seus corpos e acabam por se envolver genitalmente, após o rompimento ou mesmo durante ele encontramos o conflito de consciência que acompanha até a vida toda se Deus não vier nos curar, e dar o seu perdão. Tive a oportunidade de atender jovens namorados que se relacionavam sexualmente e que se sentiam sempre em estado de pecado, até mesmo casos em que a pessoa já tinha até netos mas que atribuía problemas matrimoniais a esta razão.

03 - Problemas de socialização

Casais de namorados que tiveram relações conjugais sem serem casados, tem grande dificuldade de se socializarem pois, seus relacionamentos centram no físico mais do que no emocional e espiritual, o que faz com se sintam julgados, ou não consigam falar abertamente de si mesmos, dificultando relacionamentos profundos e de amizade.

04 - Problemas psicológicos

Em alguns casos sobram após estas experiências traumas tão profundos que encontramos indivíduos desequilibrados, em seus afetos, e até mesmo com problemas de relacionamento com seu próprio eu.

Só há verdadeiro compromisso quando existe um assumir o outro diante da comunidade isto é, após o casamento, fora disto tudo não passa de aventura de falsas verdades, desculpas para não assumir o outro como não temos dinheiro, não temos idade, problemas profissionais ou mesmo a resistência dos pais.

Fonte: www.rccjovem.com.br

Oração a Santo André

Oração a Santo André
Santo André, vós que tivestes o privilégio de caminhar com Jesus e d’Ele ver e ouvir tantas maravilhas, concedei-nos aos apóstolos de hoje vossa perseverança, heroísmo, santidade, e estarmos sempre preocupados com os que quase nada tem para se alimentar, material ou espiritualmente, aumentando cada vez mais em nós o espírito da verdadeira caridade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Liturgia Diária


Primeira leitura (Romanos 10,9-18)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 9se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. 10É crendo no coração que se alcança a justiça e é confessando a fé com a boca que se consegue a salvação. 11Pois a Escritura diz: “Todo aquele que nele crer não ficará confundido”. 12Portanto, não importa a diferença entre judeu e grego; todos têm o mesmo Senhor, que é generoso para com todos os que o invocam. 13De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. 14Mas como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? 15E como pregar, sem ser enviado para isso?
Assim é que está escrito: “Quão belos são os pés dos que anunciam o bem”. 16Mas nem todos obedeceram à Boa Nova. Pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?”17Logo, a fé vem da pregação e a pregação se faz pela palavra de Cristo. 18Então, eu pergunto: Será que eles não ouviram? Certamente que ouviram, pois “a voz deles se espalhou por toda a terra, e as suas palavras chegaram aos confins do mundo”. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.
 
Salmo (Salmos 18)
— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.

— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia. 
— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
 
Evangelho (Mateus 4,18-22)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.
Fonte: Canção Nova

Santo André



Santo de Hoje
Santo André
Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois, somente, de Pedro. Na lista dos apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Morava em Cafarnaum, era discípulo de João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores no mar da Galiléia. 

Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. Ele passava. E o visionário profeta indicou-o e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André, então, começou a segui-lo. 

A seguir, André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias". Assim, tornou-se, também, o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. Aparece no episódio da multiplicação dos pães: depois da resposta de Filipe, André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes. 

Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Filipe, como um de grande autoridade. Pois é a ele que Filipe se dirige quando certos gregos pedem para ver o Senhor, e ambos contaram a Jesus. 

André participou da vida publica de Jesus, estava presente na última ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascenção e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo a partir da Palestina, mas as localidades e regiões por onde pregou não sabemos com exatidão. 

Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi lá, também, que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local. 

André ousou não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou e condenou-o à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria "pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus". 

Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X"; antes, porém, despojou-se de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa. 

O imperador Constantino trasladou, em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de santo André, Apóstolo. Elas foram levadas para Roma, onde permanecem até hoje, na Catedral de Amalfi, só no século XIII. Santo André, Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.

Padre sugere metodologias para aprofundar a fé


Frutos de MariaPadre sugere metodologias para aprofundar a fé
Redescobrir e estudar
"A fé é um ato livre, é um ato plenamente pessoal. Por isso mesmo envolve o conhecimento dos conteúdos da fé", diz Padre Antônio “O Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica”, disse o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica Porta Fidei, pela qual proclamou o Ano da Fé. 

Rodeados de intenções, propostas e desafios, dois verbos se destacam no contexto do Ano da Fé: redescobrir e estudar. Estas são as duas ações que a Igreja Católica pretende desenvolver neste ano cujo o eixo central é a Fé. 

“A Porta da Fé está aberta a todos”, disse o Papa, mas todos estão dispostos a entrar por ela? Esta Porta que introduz os fiéis na comunhão com Deus não é uma porta alargada, mas, estreita. Talvez seja por isso que Bento XVI denominou o processo de conhecimento da fé como um “esforço generalizado”, ou seja, não basta crer, é preciso se esforçar para conhecer e, então, crer melhor. 

Os atos de “redescobrir e estudar” conclamam uma corajosa e disposta atitude para uma empreitada de trabalhos em prol de uma fé madura e fundamentada. 

Mas, por que é tão importante conhecer a Fé? Não bastaria apenas crer em Deus? 

De acordo com o Padre Antônio Luiz Catelan Ferreira, Assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), conhecer a fé é a base de tudo. “A fé é um ato livre, é um ato plenamente pessoal. Por isso mesmo envolve o conhecimento dos conteúdos da fé. Faz parte da própria estrutura do ato de fé buscar a compreensão daquilo que se crê. 

O padre afirma que o conhecimento da fé não se trata de uma escolha aleatória ou algo que se acrescenta à vida do cristão, antes, é algo que está nos fundamentos do ato de crer. Do contrário, segundo Padre Antônio, a fé sofreria um esvaziamento, sem chegar à sua totalidade. 

O fiel que procura conhecer melhor a fé gera em si mesmo o aumento do amor por Deus, diz o padre. Quanto mais se conhece a fé, mais se conhece Deus e esse conhecimento produz o desejo de estar cada vez mais unido a Ele. O fato de não conhecer a fé pode frear a sua dinamização própria, ou seja, pode limitá-la aos conhecimentos kerigmáticos que o fiel tem de Deus. 

Metodologias de estudo 

Considerando a necessidade de estudar a fé, com o mesmo ou maior empenho com que se estuda outros conteúdos nas escolas e universidades, a Igreja oferece meios para que esse trabalho se desenvolva. De acordo com padre Antônio, nas paróquias e dioceses concentram-se as principais formas e metodologias para o estudo da fé. Aqueles que querem ingressar nesta “escola da fé” precisam ficar atentos às formações que acontecem nas Igrejas locais. 

Com frequência, são promovidos Círculos Bíblicos, cursos de Teologia para leigos, encontros de formação, Escolas Bíblicas dentre outros eventos. Pode-se ainda contar com leigos que, preparados pela diocese, podem trabalhar na formação dos demais fiéis. 

Os meios de comunicação também são uma alternativa para potencializar o processo de formação. Há TV’s, rádios e sites na internet que disponibilizam conteúdo formativo, de cunho doutrinal, eclesial, litúrgico, bíblico e que podem somar aos esforços das Igrejas locais na formação dos fiéis. 

Outra dica de padre Antônio é a elaboração de uma “escola da fé”, ou seja, encontros onde se possa estudar o Catecismo e a Bíblia de forma conjunta, mesclando o conteúdo dos dois elementos, sem criar oposição entre eles. 

Mas, o padre lembra: “é preciso cuidar desses cursos para que haja sempre uma maneira eclesial de ler a Palavra de Deus. Que sejam cursos em que a palavra do Magistério seja acolhida com integridade e sem suspeitas.” Material de estudo 

A Bíblia e o Catecismo Católico são os principais materiais de estudo recomendados pela Igreja para aqueles que almejam corresponder ao apelo do Papa, neste Ano da Fé. Porém, padre Antônio recomenda ainda como fonte de conhecimento da fé os documentos do Concílio Vaticano II e do Magistério, além dos conteúdos sobre a História da Igreja Católica. 

Com os avanços das novas tecnologias, tornou-se acessível a todos estes materiais. No site do Vaticano (www.vatican.va) pode-se encontrar um arsenal de textos e documentos oficiais que irão auxiliar nos estudos. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) está disponível pela internet e em muitas livrarias católicas. Além disso, o Catecismo conta com uma versão jovem do seu conteúdo: o YouCat, um presente de Bento XVI aos jovens com uma linguagem adequada a eles. Portanto, não ter acesso aos materiais não servirá de pretexto para quem quer conhecer melhor a Fé. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O caminho para um namoro santo


Frutos de MariaO caminho para um namoro santo
Amar é um exercício complexo e encantador
É maravilhosa a essência do amor em todas as suas faces, mas essa experiência perfeita se torna delicada e negativa quando se desvirtua de sua realeza. Amar é dom de Deus e por isso é uma experiência tão perfeita. 

Amar é um exercício complexo e encantador, no qual deixamos de viver exclusivamente o nosso tempo para entrar, esperar e compreender o tempo de alguém. E aí temos de perceber a profundidade desse sentimento; amar é, sim, entrar no tempo do outro, é entender, perdoar, estar ao lado sempre, mas não é apoderar-se das vontades alheias nem possuir as rédeas da vida do outro. 

Um amor verdadeiro não afasta as pessoas, mas as aproxima; não atropela as etapas que devem ser respeitadas. Não pertencemos a ninguém, não somos propriedade ou objetos de satisfação pessoal; o namoro é, antes de tudo, momento de conhecimento. Somos templo do Espírito Santo de Deus, pertencemos somente a Ele. Amar não é acorrentar, ao contrário é libertar o outro para um mundo diferente do isolamento, da autossuficiência. 

Como diz padre Fábio de Melo, “Amor humano é devolução, é restituição. E aquele que aceita qualquer coisa, também será deixado por qualquer coisa”. Somos filhos do céu, filhos da luz, merecemos o Amor em sua mais fiel essência e pureza, não podemos nos contentar com migalhas, fantasias passageiras, promessas imaturas e impensadas. Amar exige maturação, exige renúncia, espera e paciência. É saber entrar no tempo do outro e, acima de tudo, saber permitir que o outro entre em nosso tempo quando isso, de fato, valer a pena. 

Diante disso, procure um amor de verdade, diferente daquele que lhe manda flores, envia mensagens e cartões apaixonados; procure um amor que seja muito mais do que isso! Procure um amor que o ajude na caminhada árdua para chegar onde todos nós devemos ir: ao céu! 

Um amor que ache seu terço a pulseira mais bela, seu escapulário o seu colar mais lindo, que veja nas suas roupas (avessas ao que o mundo prega) um sinal de pureza e integridade e a ache a mulher mais bela do mundo! Compreenda que, na hora da missão, a rasteirinha toma o lugar do salto alto, que o Evangelho é o mais lindo batom que deve sempre estar em seus lábios e encontre, no seu olhar de compaixão aos irmãos, o brilho mais bonito! 

“Amar é, sim, entrar no tempo do outro, é entender, perdoar, estar ao lado sempre” 

Aquele que entenda que as músicas ouvidas por você são sinal de oração e ligação profunda com o seu Maior Amado: Deus; compreenda que a Missa diária não é loucura ou fanatismo, mas uma necessidade; saiba que a sua Bíblia é o que nunca falta na sua bolsa! Aquele que compreenda sua vocação e a ajude a seguir nesta vontade do Pai! 

Procure um amor que entenda a importância da adoração ao Santíssimo Sacramento, muito mais que um encontro de vocês! Que veja, nos retiros e congressos, pontes que poderão levá-los ao Eterno, e não se importe em adiar passeios e viagens por isso! Acredite que a castidade é o único caminho para um namoro santo e um matrimônio enraizado na fé! 

Que sejam assim, desde o início, o nosso relacionamento, baseados em princípios e valores da Palavra de Deus e nos mandamentos da Igreja, é verdade que, nem assim, serão perfeitos; sempre passarão por dificuldades, mas é mais certo ainda que estarão no caminho certo, afinal estaremos construindo em rocha firme, portanto, nada poderá derrubar o que vêm de Deus! Por mais difícil que pareça, creia que Deus está preparando seu amado! Paz e Bem!

Oração a São Francisco Antônio Fasani

Oração a São Francisco Antônio Fasani
São Francisco Antônio Fasani, vós que dedicastes toda vossa vida aos trabalhos tão santos da pregação, da confissão, da visita aos encarcerados, acompanhando-os até o derradeiro momento, concedei-nos junto a Deus a graça de termos entre nós santos sacerdotes como o fostes em vossa santa vida. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Liturgia Diária


Primeira leitura (Apocalipse 18,1-2.21-23; 19,1-3.9a)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João. 

Eu, João, 18,1vi outro anjo descendo do céu. Tinha grande poder, e a terra ficou toda iluminada com a sua glória. 2Ele gritou com voz poderosa: “Caiu! Caiu Babilônia, a grande! Tornou-se morada de demônios, abrigo de todos os espíritos maus, abrigo de aves impuras e nojentas.21Nessa hora, um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho e atirou-a ao mar, dizendo: “Com esta força será lançada Babilônia, a Grande Cidade, e nunca mais será encontrada. 22E o canto de harpistas e músicos, de flautistas e tocadores de trombeta, em ti nunca mais se ouvirá; e nenhum artista de arte alguma em ti jamais se encontrará; e o canto do moinho em ti nunca mais se ouvirá; 23e a luz da lâmpada em ti nunca mais brilhará; e a voz do esposo e da esposa em ti nunca mais se ouvirá, porque os teus comerciantes eram os grandes da terra, e com magia tu enfeitiçaste todas as nações.19,1Depois disso, ouvi um forte rumor, de uma grande multidão no céu, que clamava: “Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem a nosso Deus, 2porque seus julgamentos são verdadeiros e justos. Sim, Deus julgou a grande prostituta que corrompeu a terra com sua prostituição, e vingou nela o sangue dos seus servos”. 3E repetiram: “Aleluia! A fumaça dela fica subindo para toda a eternidade!” 9aE um anjo me disse: “Escreve: Felizes são os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro”. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.
 
Salmo (Salmos 99)
— São bem-aventurados os que foram convidados para a Ceia Nupcial das bodas do Cordeiro!
— São bem-aventurados os que foram convidados para a Ceia Nupcial das bodas do Cordeiro!

— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
— Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!
— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!
 
Evangelho (Lucas 21,20-28)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 20“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21Então, os que estiverem na Judeia, devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade, devem afastar-se; os que estiverem no campo, não entrem na cidade. 22Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. 
23Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.
Fonte: Canção Nova

São Francisco Antônio Fasani

São Francisco Antônio Fasani
Hoje é com grande alegria que lembramos um santo que nos deixou um grande exemplo de amor ao próximo, São Francisco Antônio Fasani, nascido na cidade de Lucera, região de Puglia, Itália, na data de 6 de agosto de 1681. Ainda jovem entrou para o convento de sua cidade. Em 11 de setembro de 1711, com trinta anos de idade, foi ordenado sacerdote, recebeu o título acadêmico de mestre em teologia e foi chamado de “Padre Mestre” durante toda sua vida. Dedicado aos trabalhos apostólicos da pregação, do confessionário e também de escritor, percorria todas as aldeias de sua região, o que o fez merecer o título de “apóstolo de sua terra”. Dava assistência aos encarcerados e aos condenados à morte. Os últimos momentos de sua vida passou-os em sua terra natal e sua novena preferida era a da Imaculada Conceição. Chamava-a de “A Grande Novena”. A devoção a Nossa Senhora foi uma das fortes características de sua vida. Morreu na data de 29 de novembro de 1742, aos 61 anos de idade. Foi canonizado pelo Papa João Paulo II na data de 13 de abril de 1986.

A paternidade responsável

Frutos de Maria

A paternidade responsável 
Sede fecundos e multiplicai-vos
Pela sua própria natureza, a instituição matrimonial e o amor conjugal estão ordenados à procriação e à educação dos filhos, os quais constituem o ponto alto da sua missão e a sua coroa. Os filhos são, sem dúvida, o mais excelente dom do matrimônio e contribuem muitíssimo para o bem dos próprios pais. O mesmo Deus que disse: "não é bom que o homem esteja só" (Gn 2,18) e que "desde o princípio fez o homem varão e mulher" (Mt 19, 4), querendo comunicar-lhe uma participação especial na Sua obra criadora, abençoou o homem e a mulher dizendo: "Sede fecundos e multiplicai-vos" (Gn 1,28). 

Por isso, o culto autêntico do amor conjugal e toda a vida familiar que dele nasce, sem pôr de lado os outros fins do matrimônio, tendem a que os esposos, com fortaleza de ânimo, estejam dispostos a colaborar com o amor do Criador e do Salvador, que, por meio deles, aumenta continuamente e enriquece a sua família» (Catecismo, 1652). Por isso, entre «os esposos que deste modo satisfazem a missão que Deus lhes confiou, devem ser especialmente lembrados aqueles que, de comum acordo e com prudência, aceitam com grandeza de ânimo educar uma prole numerosa» (Gaudium et Spes, 50). 

O estereótipo da família, apresentada pela cultura atualmente dominante, opõe-se à família numerosa, justificado por razões econômicas, sociais, de saúde etc. Mas «o verdadeiro amor mútuo transcende a comunidade de marido e mulher e estende-se aos seus frutos naturais, os filhos. O egoísmo, pelo contrário, acaba por rebaixar esse amor à simples satisfação do instinto e destrói a relação que une pais e filhos. Dificilmente haverá quem se sinta bom filho – verdadeiro filho – de seus pais, se puder vir a pensar que veio ao mundo contra a vontade deles, que não nasceu de um amor limpo, mas de uma imprevisão ou de um erro de cálculo (…). 

Vejo com clareza que os ataques às famílias numerosas provêm da falta de fé, são produto de um ambiente social incapaz de compreender a generosidade, um ambiente que tende a encobrir o egoísmo e certas práticas inconfessáveis com motivos aparentemente altruístas» (São Josemaria Escrivá, Temas Atuais do Cristianismo). 

Mesmo com uma atitude generosa face à paternidade, os esposos podem encontrar-se «em situações em que, pelo menos temporariamente, não lhes é possível aumentar o número de filhos» (Gaudium et Spes, 51). «Se existem motivos sérios para distanciar os nascimentos, que derivem ou das condições físicas ou psicológicas dos cônjuges, ou de circunstâncias exteriores, a Igreja ensina que então é lícito ter em conta os ritmos naturais imanentes às funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos e, deste modo, regular a natalidade» (Paulo VI, Enc. Humanae Vitae, 16). 

É intrinsecamente má «toda a ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação» (Paulo VI, Enc. Humanae Vitae, 16). 

Mesmo que se procure atrasar uma nova concepção, o valor moral do ato conjugal realizado no período infecundo da mulher é diferente do efetuado com o recurso a um meio contraceptivo. «O ato conjugal, ao mesmo tempo que une profundamente os esposos, torna-os aptos para a geração de novas vidas, segundo leis inscritas no próprio ser do homem e da mulher. Salvaguardando estes dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o ato conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e a sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade» (Paulo VI, Enc. Humanae Vitae, 12). 

Mediante o recurso à contracepção, exclui-se o significado procriativo do ato conjugal; o uso do matrimônio nos períodos infecundos da mulher respeita a inseparável conexão dos significados unitivos e procriativos da sexualidade humana. No primeiro caso, comete-se um ato positivo para impedir a procriação, eliminando do ato conjugal a sua potencialidade própria em ordem à procriação; no segundo, só se omite o uso do matrimônio nos períodos fecundos da mulher, o que por si não lesa nenhum outro ato conjugal da sua capacidade procriadora no momento da sua realização (João Paulo II, Familiaris Consortio, 32). 

Assim, a paternidade responsável, tal como a proclama a Igreja, não admite de nenhum modo a mentalidade contraceptiva; antes pelo contrário, responde a determinada situação provocada por circunstâncias pontuais, que em si não se desejam, mas suportam-se, e que podem contribuir, com a ajuda da oração, por unir mais os cônjuges e toda a família.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Você sabe como a Bíblia foi escrita?

Frutos de Maria
Você sabe como a Bíblia foi escrita?
Saiba mais
Como foram escritos os primeiros livros da Bíblia?

Os textos da Bíblia começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 a.C.). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro). Moisés foi o primeiro codificador das leis e tradições orais e escritas de Israel. Essas tradições foram crescendo aos poucos por outros escritores no decorrer dos séculos, sem que houvesse uma catalogação rigorosa das mesmas. Assim foi se formando a literatura sagrada de Israel. Até o século XVIII d.C., admitia-se que Moisés tinha escrito o Pentateuco (Gen, Ex, Lev, Nm, Dt); mas, nos últimos séculos, os estudos mais apurados mostraram que não deve ter sido Moisés o autor de toda esta obra.

A teoria que a Igreja Católica aceita é a seguinte: O povo de Israel, desde que Deus chamou Abrão de Ur na Caldéia, foi formando a sua tradição histórica e jurídica. Moisés deve ter sido quem fez a primeira codificação das Leis de Israel, por ordem de Deus, no séc. XIII a.C.. Após Moisés, o bloco de tradições foi enriquecido com novas leis devido às mudanças históricas e sociais de Israel. A partir de Salomão (972 – 932), passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 a.C.) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes. Do seu trabalho surgiram quatro coleções de narrativas históricas que deram origem ao Pentateuco:

1. Coleção ou código Javista (J), onde predomina o nome Javé. Tem estilo simbolista, dramático e vivo; mostra Deus muito perto do homem. Teve origem no reino de Judá com Salomão (972 – 932).

2. O código Eloista (E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 a.C., no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista. Quando houve a queda do reino da Samaria, em 722 para os Assírios, o código E foi levado para o reino de Judá, onde ouve a fusão com o código J, dando origem a um código JE. 

3. O código (D) Deuteronômio (= repetição da Lei, em grego). Acredita-se que teve origem nos santuários do reino cismático da Samaria (Siquém, Betel, Dã,…) repetindo a lei que se obedecia antes da separação das tribos. Após a queda da Samaria (722) este código deve ter sido levado para o reino de Judá, e tudo indica que tenha ficado guardado no Templo até o reinado de Josias (640 – 609 a.C.), como se vê em 2Rs 22. O código D sofreu modificações e a sua redação final é do século V a.C., quando, então, na íntegra, foi anexado à Torá. No Deuteronômio se observa cinco “deuteronômios” (repetição da lei). A característica forte do Deuteronômio é o estilo forte que lembra as exortações e pregações dos sacerdotes ao povo.

4. O código Sacerdotal (P) – provavelmente os sacerdotes judeus durante o exílio da Babilônia (587 – 537a.C.) tenham redigido as tradições de Israel para animar o povo no exílio. Este código contém dados cronológicos e tabelas genealógicas, ligando o povo do exílio aos Patriarcas, para mostrar-lhes que fora o próprio Deus quem escolheu Israel para ser uma nação sacerdotal (Ex 19,5s). O código P enfatiza o Templo, a Arca, o Tabernáculo, o ritual, a Aliança. Tudo indica que no século V a.C., um sacerdote, talvez Esdras, tenha fundido os códigos JE e P, colocando como apêndice o código D, formando assim o Pentateuco ou a Torá, como a temos hoje. Se não fosse a Igreja Católica, não existiria a Bíblia como a temos hoje, com os 73 livros canônicos, isto é, inspirados pelo Espírito Santo. 

Foi num longo processo de discernimento que a Igreja, desde o tempo dos Apóstolos, foi “berçando” a Bíblia, e descobrindo os livros inspirados. Se você acredita no dogma da infalibilidade de Igreja, então pode acreditar na Bíblia como a Palavra de Deus. Mas se você não acredita, então a Bíblia perde a sua inerrância, isto é, ausência de erro.

Demorou alguns séculos para que a Igreja chegasse à forma final da Bíblia. Em vários Concílios, alguns regionais outros universais, a Igreja estudou o cânon da Bíblia; isto é, o seu índice.

Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (DV 8; CIC,120).

Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).

Prof. Felipe de Aquino

Oração a São Tiago das Marcas

Oração a São Tiago das Marcas
Ó Pai, pela vossa misericórdia, São Tiago das Marcas anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Liturgia Diária


Primeira leitura (Apocalipse 15,1-4)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João. 

Eu, João, 1vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos, com as sete últimas pragas. Com elas o furor de Deus ia-se consumar. 2Vi também como que um mar de vidro misturado com fogo. Sobre este mar estavam, de pé, todos aqueles que saíram vitoriosos do confronto com a besta, com a imagem dela e com o número do nome da besta. Seguravam as harpas de Deus. 3Entoavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! 4Quem não temeria, Senhor, e não glorificaria o teu nome? Só tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de Ti, porque tuas justas decisões se tornaram manifestas”. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.
 
Salmo (Salmos 97)
— Como são grandes e admiráveis vossas obras, ó Senhor e nosso Deus onipotente!
— Como são grandes e admiráveis vossas obras, ó Senhor e nosso Deus onipotente!

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. 
— Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente! As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria.
— Na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com justiça e as nações com equidade.
 
Evangelho (Lucas 21,12-19)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.
Fonte: Canção Nova

São Tiago das Marcas



Santo de Hoje
São Tiago das Marcas
Nasceu em Monteprandone, na província de Ascoli Piceni, região de Le Marche ou das Marcas, Itália, no ano de 1394. Seu nome de batismo era Domingos Gangali. Órfão ainda criança, foi educado pelo tio, que o conduziu sabiamente no seguimento de Cristo. Estudou em Perugia, onde se diplomou em direito civil junto com o grande João de Capistrano, agora santo. 

Decidiu deixar a profissão para ingressar na Ordem dos Franciscanos, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Quando vestiu o hábito, tomou o nome de Tiago, que logo foi completado com o "das Marcas", em razão de sua origem. Foi discípulo de outro santo e seu contemporâneo da Ordem, Bernardino de Sena, que se destacava como o maior pregador daquela época, tal qual conhecemos. 

Também Tiago das Marcas consagrou toda a sua vida à pregação. Percorreu toda a Itália, a Polônia, a Boêmia, a Bósnia e depois foi para a Hungria, obedecendo a uma ordem direta de Roma. Permanecia num lugar apenas o tempo suficiente para construir um mosteiro novo ou, num já existente, restabelecer a observância genuína da Regra da Ordem Franciscana. 

Depois, partia em busca de novo desafio ou para cumprir uma das delicadas missões em favor da Igreja, para as quais era enviado especialmente, como fizeram os papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III. Participou na incursão da cruzada de 1437 para expulsar os invasores turcos muçulmanos. Humilde e reto nos princípios de Cristo, nunca almejou galgar postos na Igreja, chegando a recusar o cargo de bispo de Milão. 

Viveu em extrema penitência e oração, oferecendo seu sacrifício a Deus para o bem da humanidade sempre tão necessitada de misericórdia. Mas os severos e freqüentes jejuns a que se submetia minaram seu organismo, chegando a receber o sacramento da unção dos enfermos seis vezes. Mesmo assim, chegou à idade de oitenta anos. 

Faleceu em Nápoles, pedindo perdão aos irmãos franciscanos pelo mau exemplo que foi a sua vida. Era o dia 28 de novembro de 1476. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria Nova, daquela cidade. A sua biografia mostra muitos relatos dos prodígios operados por sua intercessão, tanto em vida quanto após a morte. O papa Bento XIII canonizou Tiago das Marcas em 1726 e marcou o dia de sua morte para a celebração de sua lembrança.

vangelizar pela arte


Frutos de Maria
vangelizar pela arte 
Diante do que é belo nos resta a contemplação
Por vezes, nem mesmo a carência de necessidades básicas, como a falta de alimento, é capaz de extrair da pessoa a total capacidade de se atentar, ainda que por meros segundos, ao atrativo da beleza plástica, pois existe algo no núcleo dessa beleza que responde a um anseio do coração humano. 

Afirma o Catecismo da Igreja Católica (27): “Somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar”. Nisso existe a evidência de que a grande busca do ser humano não está na possibilidade de dominar as coisas existentes neste mundo, nem mesmo na saciedade de nossas necessidades primeiras, mas em algo que venha revelar a verdadeira grandeza e essência de nós próprios, também revelando assim nossa sede do transcendente. 

Felizmente, no íntimo e no significado de uma obra artística podemos vislumbrar, de alguma forma, O Ser Altíssimo, o Criador que tanto ansiamos, “pois é a partir da grandeza e da beleza das criaturas que, por analogia, se conhece o seu autor” (Sb 13,5). 

O ápice da beleza está no amor de Deus por nós. Ainda que, nem tudo tenha cunho religioso e possamos apreciar coisas bonitas em todas as áreas, todo belo acaba por indicar O Seu Autor. Por isso devemos, mais do que nunca, nesse tempo de tanta modernidade e tantos meios que podem ser empregados, evangelizar por meio de algo que tanto fala ao coração das pessoas. 

A arte é capaz de emocionar e, em seguida, atravessar as nuvens dos sentimentos e aterrizar na terra firme da razão. Pela arte pode-se introduzir nos corações, os valores, a bondade, a misericórdia e nos ensinar como amar sempre mais, pois ela é o veículo que transporta um significado a mais que o simples entretenimento. Quem aprecia a arte aprende com prazer, adquire instrução no momento de descanso. 

Davi era um homem de guerra (cf. I Rs 5,3), empenhado em lutas e conquistas sangrentas. Poucas vezes, pensamos nesse personagem como um guerreiro, como um general de exército, conhecedor de técnicas de batalha. Imaginamos um menino que, quase numa travessura, deu uma pedrada na cabeça de seu inimigo. 

Talvez, numa primeira lembrança, tenhamos até uma imagem amenizada do homem Davi, esquecendo-nos da sua capacidade de dominar e submeter adversários, devido às obras que ele deixou. Ele tocava arpa e era compositor. Grande parte dos Salmos, foi Davi quem nos deixou, ainda orações e cânticos inspirados. 

Há um ditado celta que diz: “Nunca dê uma espada a um homem que não sabe dançar”. Ou seja, o homem deve ter motivações nobres dentro de si, antes de, se lhe for preciso, empunhar um objeto assim para lutar pela sua defesa e dos seus. E a arte ajuda a alimentar tal sentido. 

Quantas vezes, nas coisas de Deus, Ele próprio pediu trabalhos artísticos? “Vede, o Senhor nomeou especialmente Beseleel. Encheu-o do Espírito de Deus, de sabedoria, habilidade e conhecimento para qualquer trabalho como fazer projetos, trabalhar com ouro, prata e bronze, lapidar pedras e engastá-las, entalhar madeira e executar qualquer tipo de obra de arte” (Ex 35,30-33). 

O significado do esplendor da obra é que “estes estão a serviço daquilo que é a representação e sombra das realidades celestes, como foi dito a Moisés, quando estava para executar a construção da Tenda: ‘Vê, faze tudo segundo o modelo que te foi mostrado’ (Ex 25, 40)” (Hb 8, 5). Diante de toda mudança, nestes últimos tempos em que o ser humano tem necessidade da verdade, a evangelização pela arte se faz mais que necessária, ela é urgente! 

Devemos desenvolver nossa criatividade, cada um com seu talento, sua habilidade, pois há muita coisa que já foi feita para roubar a verdadeira ‘imagem e semelhança’ do homem e da mulher através do que pode encantá-los. “Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16, 8). 

Como são belos os pés do mensageiro! O Evangelho é belo por sua essência. 


Sandro Ap. Arquejada 

Membro da Comunidade Canção Nova, formado em Administração, colunista do Portal Canção Nova, autor do livro: "Maria humana como nós".

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A castidade nos ensina a amar

Frutos de Maria
A castidade nos ensina a amar 
Deus quer, você consegue!
O namoro atravessa, no decorrer dos anos, um caminho obscurecido pelo surgimento e fortalecimento de novos costumes. Atualmente, aceita-se um relacionamento mais liberal, no qual o casal pode se aprofundar na intimidade física e experimentá-la ainda antes do casamento. No entanto, temos outra opção: a castidade. Essa é a luz que o Senhor nos deu para controlar nossa inclinação aos prazeres carnais. Tal virtude moral é capaz de proporcionar um relacionamento saudável, íntegro e, portanto, dentro daquilo que Deus deseja para nós. Logo, há diversas razões para cultivar a castidade. 

A abstinência sexual permite que o casal se concentre no conhecimento mútuo, em compartilhar alegrias e tristezas, pontos de vista e experiências. Assim, são criados laços de amizade e, por consequência, o diálogo. 

Não conhecer o outro profundamente pode levar ao desencantamento, ao desinteresse e até à procura de pessoas que possam trazer maior satisfação. Além disso, a busca pelo ato sexual, ou simplesmente por carícias, pode ofuscar gradativamente outras formas de comunicação entre os namorados, inviabilizando o desenvolvimento da relação. 

Um aspecto afirmado por alguns jovens é o de que as relações sexuais podem prolongar um relacionamento que se tornou indesejável ao longo do tempo. A castidade facilita o rompimento de um vínculo afetivo, pois não houve demasiada intimidade física. 

O fato de ser casto evita confusões, sentimentos de culpa e estresse, além do arrependimento por ter feito algo que não deveria. 

Muitos são e/ou serão zombados por causa dessa escolha difícil. Poderão ser caracterizados como frouxos, frágeis; no entanto, como Felipe Aquino escreveu em seu livro ‘Namoro’, “a grandeza de um homem não se mede pelo poder que possui de dominar os outros, mas pela capacidade de dominar a si mesmo”. 

Mahatma Ghandi, um célebre indiano, dizia: “A castidade não é uma cultura de estufa. Ela é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”. 

Um ponto crucial do namoro é aprender a amar. Mas como uma pessoa pode amar se não tem posse de si mesma? Por isso, o domínio de si é fundamental para alguém ser capaz de doar-se aos outros. A castidade, portanto, não é uma privação, é uma doação, uma expressão nobre do amor. Para praticá-la, “vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). Logicamente, é necessário evitar também situações oportunas, além de frequentar a comunhão e a confissão. 

A Igreja Católica deixa clara a sua posição sobre o sexo antes do casamento: esse ato é o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação. Portanto, somos convidados a viver a castidade. Somos livres, porque podemos fazer a melhor escolha. 

Reflita e opte por aquilo que você deseja para sua vida!

Oração a São Gregório III

Papa, San Gregorio IIIOração a São Gregório III
São Gregório III, vós que passastes por tantas provações em tempos tão difíceis, que conhecestes a tribulação das guerras, intercedei a Deus Nosso Senhor para que a paz seja restabelecida nos dias de hoje e que os mais sofredores encontrem o bálsamo da paz e da coragem mesmo em meio a tantas angústias. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Liturgia Diária


Primeira leitura (Apocalipse 14,14-19)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João. 

Eu, João, 14na minha visão, vi uma nuvem branca e sentado na nuvem alguém que parecia um “filho de homem”. Tinha na cabeça uma coroa de ouro e, nas mãos, uma foice afiada. 15Saiu do Templo outro anjo, gritando em alta voz para aquele que estava sentado na nuvem: “Lança tua foice, e ceifa. Chegou a hora da colheita. A seara da terra está madura!” 16E aquele que estava sentado na nuvem lançou a foice, e a terra foi ceifada. 17Então saiu do templo que está no céu mais um anjo. Também ele tinha nas mãos uma foice afiada. 18E saiu, de junto do altar, outro anjo ainda, aquele que tem o poder sobre o fogo. Ele gritou em alta voz para aquele que segurava a foice afiada: “Lança a foice e colhe os cachos da videira da terra, porque as uvas já estão maduras”. 19E o anjo lançou a foice afiada na terra, e colheu as uvas da videira da terra. Depois, despejou as uvas no grande lagar do furor de Deus. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.
 
Salmo (Salmos 95)
— O Senhor vem julgar nossa terra.
— O Senhor vem julgar nossa terra. 

— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável, e os povos ele julga com justiça.
— O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas.
— Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.
 
Evangelho (Lucas 21,5-11)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.
Fonte: Canção Nova

São Gregório III



São Gregório III
Nasceu nos meados do século VI, Natural da Síria, pertencia a Ordem dos Monges Beneditinos. Foi consagrado e eleito papa na data de 18 de março de 731. São Gregório tornou-se Papa, principalmente pelas virtudes da prudência e bondade. Uma das leis de um Sínodo feito por ele, foi “Seja excluído da Igreja quem tirar, insultar ou destruir as imagens de Cristo, de Sua Mãe e dos Santos”. Governou a Igreja em uma época muito difícil, em tempos que a Espanha queria invadir o resto da Europa. Foi um Papa bastante caridoso para com os pobres, douto e santo. Foi muito amado pelos romanos. Na política com Constantinopla seguiu a mesma linha de seu antecessor. Teve que se enfrentar com Liutprando, rei dos Lombardos, que investia contra o “Ducado Romano”, primeiro núcleo territorial do futuro Estado Pontifício. Convocou, por esta ocasião, um sínodo em Roma contrário à heresia dos iconoclastas. Invocou a ajuda armada de Carlos Martello, rei dos francos, mas não obteve resposta. Seu pontificado durou dez anos. Sua morte ocorreu em Roma, na data de 28 de novembro de 741. Encontra-se sepultado no Vaticano.

Jesus, o pecado e a confissão


Jesus, o pecado e a confissão 

O perdão é uma iniciativa da misericórdia de Deus
Frutos de MariaO Evangelho (Mc 2,1-12) apresenta Jesus e o pecado. Quatro amigos levam à presença do Senhor um paralítico desejoso de ver-se livre da doença que o mantém preso ao leito. Depois de inúmeros esforços para consegui-lo, ouvem as palavras dirigidas ao amigo enfermo: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5). É muito possível que não fossem essas as palavras que esperavam ouvir do Mestre; mas Cristo indica-nos que a pior de todas as opressões, a mais trágica das escravidões que um homem pode sofrer é o pecado, pois este não é apenas mais um dentre os males que podem afligir as criaturas, mas é o único mal absoluto.

Os amigos que levaram o paralítico à presença de Jesus compreenderam que acabava de ser-lhe concedido o maior de todos os bens: a libertação dos seus pecados! E nós não podemos esquecer a grande cooperação para o bem que significa empregarmos todos os meios ao nosso alcance para desterrar o pecado do mundo. Muitas vezes, o maior favor, o maior benefício que podemos fazer a um amigo, ao irmão, aos pais, aos filhos é ajudá-los a ter muito em conta o sacramento da misericórdia divina (a confissão). É um bem para a família, para a Igreja, para a humanidade inteira, ainda que, aqui na terra, muito pouca gente se aperceba disso.

Cristo liberta do pecado com o Seu poder divino. Quem pode perdoar pecados senão Deus? Ele veio à Terra para isso: “Deus, porém, rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, e estando nós mortos pelos nossos pecados, deu-nos a vida por Cristo” (Ef. 2,4-5). Depois de perdoar ao paralítico os seus pecados, o Senhor curou-o também dos seus males físicos. Este homem não deve ter demorado a compreender que a sua grande sorte fora a primeira: sentir a sua alma trespassada pela misericórdia divina e poder olhar para Jesus com um coração limpo.

O paralítico ficou curado de alma e de corpo, e os seus amigos são hoje um exemplo para nós de como devemos estar dispostos a prestar a nossa ajuda para o bem das almas – sobretudo mediante um apostolado pessoal de amizade – e a potenciar o bem humano da sociedade por todos os meios ao nosso alcance: oferecendo soluções positivas para anular o mal, colaborando com qualquer obra a favor do bem, da vida, da cultura.

A cura do corpo testemunha o perdão dos pecados; é sinal externo, ao alcance de todos, do perdão concedido e, ao mesmo tempo, demonstra a grandeza do perdão de Deus, que não destrói somente os pecados do homem, mais também o cumula de maravilhosos bens. Perdoar os pecados é uma iniciativa da misericórdia divina que procura todos os caminhos para salvar o homem, criatura do Seu amor.

O poder de perdão que Jesus tinha continua na Igreja, a quem foi entregue na primeira aparição do Cristo Ressuscitado na tarde do dia de Páscoa (Jo 20, 19-23): “Recebam o Espírito Santo, a quem perdoardes serão perdoados”. Os apóstolos foram enviados a perdoar em nome de Deus. Daí a beleza e a grandeza do sacramento da reconciliação ou penitência (confissão). É o sacramento da alegria: Nasceu no dia de Páscoa, num clima de alegria e vitória (sobre a morte e o pecado). A alegria de experimentar o perdão do Senhor e a comunhão com os irmãos; sentir-se perdoado e aceito por Deus, Pai e Amigo, que nos repete: “Filho, teus pecados estão perdoados”.

Não podemos reduzir o sacramento da confissão a apenas um ritualismo de contar os pecados ao padre. Precisa de um processo de conversão, pelo qual o cristão se reconhece pecador e deseja refazer sua vida cristã.

O sacramento da confissão constitui uma forma especial de ação de graças pelo mistério do Cristo que perdoou ou que manifestou à humanidade a misericórdia do Pai por meio do perdão aos pecadores. Como Deus, Ele pode perdoar pecados e deseja perdoá-los, bastando que as pessoas, arrependidas, reconheçam o seu pecado. Para que esta reconciliação adquira uma forma perceptível ou sacramental, Jesus transmitiu o seu poder de perdoar os pecados aos apóstolos e seus sucessores.

Demos graças a Deus por todas as vezes que fomos perdoados no Sacramento da Penitência (confissão) e por toda graça que já recebemos por esse sacramento.