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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ciência e fé, ambas racionalizáveis

Ciência e fé, ambas racionalizáveis
O limite da ciência é a dignidade humana
Frutos de Maria
O diálogo entre ciência e fé é possível? Elas se complementam? Existem pontos de encontro e desencontro? O sacerdote Luis Gahona Fraga fala sobre este tema no programa "Últimas Perguntas", de RTVE: "É difícil colocar a física e a fé em relação, porque elas tratam de objetos diferentes – explica. Ambas buscam a verdade, mas por caminhos diversos". 

Durante a entrevista, Fraga explicou como as ciências experimentais (nascidas nos séculos XVI e XVII) "têm uma maneira de estudar o mundo de forma especial, que consiste em combinar a experimentação com teorias racionais e matemáticas"; esta combinação, afirma, "funciona muito bem, mas não se pode conhecer Deus assim".

"Conhecemos Deus por meio da filosofia e da fé, da Revelação", explica o sacerdote, que defende que o aspecto racionalizável desta crença, o que propicia "o ponto de união entre fé e ciência". 

Dentro desta racionabilidade, Fraga explica os pressupostos da inteligibilidade da natureza, questões que o cientista busca entender: de onde vem esta inteligibilidade? Por que podemos encontrar leis no mundo físico? 

Para Fraga, "é aí que o cientista se faz a pergunta sobre Deus, e Deus não pode ser demonstrado com as ciências experimentais, mas sim com outra fonte de conhecimento, que é a filosofia". 

Segundo esta união de perguntas, a ciência descobriria características deste mundo que remetem a Deus, e mostra que cada ser tem um índice metafísico que é como uma digital que nos fala de Deus. 

"Esta digital é descoberta pela ciência; que ela venha de Deus já é fruto de um raciocínio que vai além do método científico", comenta o sacerdote, que é professor do Instituto Teológico San Ildefonso de Toledo (Espanha) e físico pela Universidade de Harvard. 

Entraríamos então no que Fraga chama de "inteligência inconsciente". "Chama a atenção que o universo esteja tão bem feito com elementos tão simples, que leva os cientistas a se perguntarem se não haveria uma inteligência inconsciente que explique o que a ciência descobre neste mundo material", afirma. 

Fraga destaca que o universo não é só matéria. Superando os preconceitos de uma mentalidade herdada do materialismo do século XIX, o professor de teologia mostra que "a cosmovisão do mundo atual favorece objetivamente o diálogo com a fé"; e afirma que há temas que vão além da ciência: "o tema da criação, a essência das coisas, a dignidade do ser humano, a alma espiritual, a liberdade". 

"A Igreja está aberta ao diálogo com o mundo das ciências – explica – porque é próprio da fé cristã buscar uma racionalidade na fé"; e defende o ponto de união entre fé e ciência dentro da filosofia, que "chega a uma visão de mundo baseada em dados da ciência, mas que ao mesmo tempo é compatível com a existência do Criador". 

Na união entre fé e ciência, há tanto pressupostos intelectuais como éticos, e Fraga defende sua existência. 

"O cientista tem um impressionante anseio por saber, mas há certos limites, que ele não deve ultrapassar. Seu limite é a dignidade humana", alerta. 

"O segredo está em distinguir que o ser humano tem uma dignidade e que esta dignidade é um limite absoluto. Do contrário, caímos em erros do passado, e a ciência pode levar aos maiores pesadelos da humanidade", concluiu.

Fonte: Aleteia

Viva o “Nunc”!

Viva o “Nunc”!
Será que o tempo presente está sendo um presente?
Frutos de Maria
Fugit irreparabile tempus! 

Calma, calma não estou começando o texto com uma oração de exorcismo em latim.Embora creio que lendo até o fim este texto conseguiremos nos libertar de alguns “dramas” que trazemos. Na verdade quero começar a pensar com você o tempo de agora! Sim este tempo que você está gastando ao juntar em sua massa encefálica as letras que formam estas palavras que lê, que formam frases e geram significados. Você está gastando tempo! 

Fugit irreparabile tempus ( Foge o tempo irreparável). 

O tempo simplesmente vai passando e se pararmos para pensar ele literalmente está acelerado não é verdade? Mas como estamos vivendo o tempo presente? Como fazer para estar aqui agora lendo este texto e não estarmos com as amarras do passado e nem com as cadeias do futuro? 

Será que o tempo presente está sendo um presente? Ou ele se tornou um passado fantasmagórico ou um futuro ilusionista? 

Será que estamos deixando a vida passar em speed ou a encaramos em slow motion?

Com um grande medo de perder tempo vamos perdendo tempo! Chiara Luce dizia: “As vezes o homem não vive a sua vida, porque está mergulhado em tempos que não existem; ou na lembrança, ou na saudade do passado, ou projetado no futuro. Na realidade, o único tempo que o homem possui é o momento presente, que deve ser todo vivido usufruindo dele plenamente.” 

Viver intensamente o agora é possível pois podemos escolher estar inteiro nele, não se fragmentar no passado que se foi e nem no futuro que não chegou. Fazer do agora a grande oportunidade de inteireza e marcar o espaço que temos com aquilo que somos! 

Não perca tempo, viva o agora! Pois só ele é real. 

Olhar para o passado com olhos do presente nos faz vislumbrar o futuro eterno! 

Se arrisque no tempo! 

Nunc!* 

Tamu junto! 

Adriano Gonçalves

*obs.: se gastou tempo para descobrir o que significa Nunc, saiba Nunc é “agora” em latim Então “viva o agora”!

Fonte: Revolução Jesus

Felicidade versus Facilidade

Felicidade versus Facilidade 
"Se mil vezes eu tivesse que ser cristão, mil vezes eu escol
Frutos de Maria
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mateus 5:3-12
A vida nos ensina que não tem receita mágica para a felicidade. No mundo e no contexto que vivemos primeiro precisamos ser curados do conceito de ser feliz. Conversão é mudança de pensamento. 

Felicidade para muitas pessoas, é ser rica, ter um iate, ir a festas importantes, tem gente que fala se eu tivesse cabelo mais liso seria mais feliz. As vezes pedimos a Deus o dom de ser feliz em realidades pagãs, e por isso muitas vezes não nos sentimos felizes. 

Quando você ouvi Jesus dizer : “Feliz são os humildes , porque eles herdarão a terra”, que ser feliz desça do salto da arrogância. Se você alimenta arrogância, você não pode experimentar a felicidade cristã. Precisamos aprender urgente a não ser arrogante, porque arrogância é um dedo do diabo na nossa vida. 

O cristianismo é proposta de superar seus limites, mas antes é preciso reconhecer nossas fraquezas. É um caminho constante, que não nos permite dizer que estamos prontos, ou que somos melhores, humildade é primeiro passo para sermos felizes. 

A felicidade que esse olhar arrogante pode nos dá é temporária, é como os grande impérios que cresce, cresce e depois decai porque não tem mais para onde crescer. A Palavra de Deus nos ensina que o que te alimenta é muito mais que uma maquiagem no rosto, uma reunião de amigos. 

"Se mil vezes eu tivesse que ser cristão, mil vezes eu escolheria" 

O maior tribunal que podemos ter, é olhar no espelho e perguntar valeu a pena ou construir felicidades pagãs e passageiras? 

Não existe nada melhor que olhar as pessoas que passaram na sua história e perceber que as pessoas se tornaram melhores. A nossa humildade vai atrair as pessoas para Deus. Queremos a felicidade mas não queremos esforçamo-nos. 

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados” Parece loucura. Mas é um fruto demoníaco, achar que não podemos ser fraco, que não podemos ter fragilidades, e que precisamos ser fortes, ricos. De nada vale uma casa bonita se não está habitada por pessoas que se ama. O amor não é construído só nos sorrisos, mas também na hora da dor. 

Me preocupo com esta geração que está sendo educado a parti das pilulas, que não pode ter encomodos. Uma geração que não pode ficar triste que já toma remédio. Não tenham medo das tristezas que faz parte do processo humano, antes de procurar as pílulas olhe para você. Chore, e interprete as lagrimas que estão caindo, porque elas que vão dá o caminho para o seu crescimento. 

Se mil vezes eu tivesse que ser cristão, mil vezes eu escolheria. Deus nos ama, e Ele não realiza os nossos pedidos, porque nos mas, mas Ele agir nas nossas necessidade. 

Em Pentecostes do ano passado, vivi um grande encontro com Deus eu escutei do próprio Deus, dizer: “Fábio de Melo vou te dizer não, porque quando eu digo não, estou dizendo sim, lhe protegendo” E assim vivo neste caminho de fé, acreditando que quando ouço não é um sim. 

O evangelho é simples, é não matar, é não fofocar, é cuidar de si. Se você quer ser feliz prepare-se para as durezas das bem aventurança. Converta! 

Você não é obrigado a ser cristão, você não é obrigado a ser justo, humilde, manso. Mas se você quiser permanecer ser cristão as bem aventuranças é código da felicidade. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.” Felizes os que são misericordiosos, os corações que tem espaços para acolher outros corações Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus;

Deus nos ama, e a vida cristã é uma resposta ao amor de Deus. Investigue bem o seu coração e qual é o conceito que você tem de felicidade. O que realmente te faz feliz? 

O cristianismo bem vivido quando nos ensina doar a vida a quem amamos, é a melhor religião, digo porque experimentei. Se mil vezes eu tivesse que ser cristão, mil vezes eu escolheria. Bem aventurado são aqueles que tem alguém para lhe pegar na mão e dizer que: Deus te ama, e que Ele pode reconstruir a sua vida. 

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Padre Fábio de Melo 
Padre que evangeliza como cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

semana Missionária de patu


Liturgia Diária

Mt 11, 28-30

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus
- Naquele tempo,28Vinde a mim, vós todos que estais aflitos
sob o fardo, e eu vos aliviarei.29Tomai meu jugo sobre vós e
recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de
coração e achareis o repouso para as vossas almas. 30Porque
meu jugo é suave e meu peso é leve.
- Palavra da salvação.


Reflexão:
Existem pessoas que acreditam que a verdade da religião encontra-se num rigorismo muito grande, principalmente no que diz respeito às exigências morais e rituais. Com isso, a religião acaba por ser um instrumento de opressão. Jesus nos mostra que não deve ser assim. Ele veio ao mundo para trazer a libertação do jugo do pecado e da morte e que a verdadeira religião é aquela que liberta as pessoas de todos os pesos que as oprimem na sua existência. O verdadeiro cristianismo é aquele que não está fundamentado na autoridade e na rigidez, mas na humildade e mansidão de coração, por que o seu fundador, Jesus Cristo, manso e humilde de coração, é o Mestre de todo o nosso agir. 

O que acontecerá na JMJ?

O que acontecerá na JMJ?
É a vez de o Brasil acolher jovens do mundo inteiro
Frutos de Maria
Em 1984, foi celebrado, na Praça São Pedro, Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude com o Papa João Paulo II por ocasião do Ano Santo da Redenção. Na ocasião, o Papa entregou aos jovens a cruz que se tornaria um dos principais símbolos da Jornada Mundial da Juventude, conhecida como a Cruz da Jornada. O ano de 1985, foi declarado o Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março daquele ano, houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e, no mesmo ano, o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude, que todos os anos acontece em âmbito diocesano, celebrada no Domingo de Ramos e com intervalos que podem variar entre dois e três anos, são feitos os grandes encontros internacionais. A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013, na cidade do Rio de Janeiro, com o tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). 

É a vez de o Brasil acolher jovens do mundo inteiro. Não teríamos figura mais expressiva do que a do Cristo Redentor, de braços abertos, para expressar a hospitalidade da fé que acolhe representantes da Igreja inteira. É um fenômeno de partilha e generosidade. A Arquidiocese do Rio de Janeiro primou nos imensos esforços para preparar a JMJ a ser celebrada como um grande evento missionário. Junto com a Igreja do Rio de Janeiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB -, as autoridades de todos os níveis e muitas outras forças da sociedade se mobilizaram para realizar a Jornada. É o espetáculo da unidade! Sairão pelo nosso país e pelo mundo afora jovens e adultos, feitos discípulos de Cristo pelo batismo, enviados como missionários para espalhar a Boa Nova do Evangelho, contribuindo na formação de outros tantos discípulos em todas as nações da terra. É a festa da missão! 

Por que ir ao Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude? Passam de quatro mil os representantes da Arquidiocese de Belém que se unem a tantos outros da Amazônia inteira que querem testemunhar a vitalidade de nossa Igreja. Ninguém se esforça e se sacrifica tanto por meses e anos em vista do nada! Há algo que atrai, ou mais ainda, há alguém que atrai irresistivelmente, de modo que mesmo os que não poderão viajar estarão unidos pelos meios de comunicação. A força de convocação vem da presença de Jesus Cristo, o Senhor! Sim, a multidão reunida na Jornada criará as condições para uma presença muito especial do Senhor, onde dois ou mais se reúnem em seu nome (Cf. Mt 18,20). E ali serão milhões de pessoas! Uma só voz, um só coração, uma alma em torno do Senhor. De fato, já São Paulo afirmava sobre a Igreja: "Há um só corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, acima de todos, no meio de todos e em todos (Ef 4, 4-6). Ninguém será estranho, mas todos irmãos e irmãs. 

O que acontecerá na Jornada? Pregação do Evangelho, anúncio do Querigma, catequeses conduzidas pelos bispos, muita oração, partilha, espetáculos, a Missa Diária, Via-sacra, a grande vigília, o envio. Certamente, haverá muito sacrifício, haverá alegria, encontro fraterno, conhecimento! Todos poderão desfrutar a alegria da fraternidade. Não há nada de estranho, mas a vida da Igreja experimentada com intensidade, em companhia de irmãos e irmãs do mundo inteiro. 

No Credo, proclamamos a fé na comunhão dos santos. A Jornada Mundial da Juventude escolheu como patronos companhias ilustres para acompanhar seus participantes. Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Mãe do povo brasileiro, está em primeiro lugar. Depois, também escolhidos como patronos, estão São Sebastião, soldado e mártir da fé, Santo Antônio de Santana Galvão, arauto da paz e da caridade, Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões e o Beato João Paulo II, amigo dos jovens. Cresce a galeria dos que rezam pela Jornada com os intercessores escolhidos: Santa Rosa de Lima, Fiel à Vontade de Deus, Padroeira da América Latina; Beato Pier Giorgio Frassati, o jovem de amor ardente aos Pobres e à Igreja; Beata Chiara Luce Badano, jovem de nosso tempo, totalmente entregue a Jesus; Beato Frederico Ozanam, servidor dos mais pobres e fundador das Conferências Vicentinas; Beato Atílio Daronch, Amigo de Cristo, acólito brasileiro; Santa Teresa de Los Andes, contemplativa de Cristo, que aos dezessete anos entrava no Carmelo; Beato José de Anchieta, Apóstolo do Brasil; Beato Isidoro Bakanja, jovem africano, Mártir do Escapulário; Beata Irmã Dulce dos Pobres, embaixadora da Caridade; São Jorge, Mártir e Combatente contra o Mal; Beata Laura Vicuña, chilena, Mártir da Pureza; Santo André Kim e seus companheiros, Mártires da Evangelização; Beata Albertina Berbenbrock, jovem brasileira, Mártir da Castidade e dos valores evangélicos. A Igreja inteira, com a companhia de santos e beatos de todos os continentes! Que eles roguem por nós e por nossos jovens!

Companhia ilustre, cuja palavra, exemplo e missão têm atraído o mundo inteiro, chega ao Brasil nosso hóspede esperado, o Papa Francisco. Estaremos "dependurados" em sua voz profética, conhecendo a importância de sua primeira visita internacional, desde o início de seu pontificado. Bendito o que vem em nome do Senhor! Junto com o Papa, o episcopado brasileiro e de tantas partes do mundo, sacerdotes, religiosos e religiosas, pessoas consagradas a Deus e de todo o povo, um só coração, unidos pela certeza de que o Senhor tem muito a nos falar. Durante a Jornada, vai repetir-se o maravilhoso encontro de raças, línguas e nações, juntas para aprender a língua da caridade. Desejamos que o Rio de Janeiro e o Brasil sejam inundados com a grande torrente que brota do coração de Cristo. Sonhamos juntos com este rio, iluminados pela profecia de Ezequiel (Ez 47, 5-12). 

Queremos caminhar à margem do rio e ver muitas árvores de vida nova, cujas folhas não caiam e sirvam de remédio, e seus frutos não terminem. Que fiquem saneadas as regiões de águas e corações estagnados. Que haja vida, alimento e restauração aonde quer que chegue este rio. Afinal de contas, trata-se da promessa do Senhor: "No último e mais importante dia da festa, Jesus, de pé, exclamou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba quem crê em mim” – conforme diz a Escritura: “Do seu interior correrão rios de água viva” (Jo 7, 37). 


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA 

Santo Arnolf

Santo Arnolf
Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, agora França, no ano 582. A sua família era muito importante, cristã, e fazia parte da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. A região da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que guerreavam entre si. Isso provocava grandes massacres familiares e corrupção.
Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Mas quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.
Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.
Além disso, o rei Clotário II nomeou Arnolfo bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter desse homem, que mesmo leigo se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: “Senhor, se me perdoas, faze-o retornar”. O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder.
Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto nessa condição. Como chefe daquela diocese, Arnolfo participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, chamado Ansegiso, tornou-se um dos primeiros “mestres de palácio” da chamada era carolíngia.
Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.
Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.
- See more at: http://catedral.org.br/liturgia/santo-arnolfo-2#sthash.E2DSAJVZ.dpuf

Papa Francisco

Papa Francisco
História do missionário italiano que batizou e oguiou na fé
Frutos de Maria
O site ACI informou nesta sexta-feira (12/07/13) que o jornal italiano Il Cittatino, resgatou a história do Padre Enrico Pozzoli, o missionário salesiano que batizou em 1936 ao pequeno Jorge Mario Bergoglio. 

Segundo a notícia,em um artigo jornalístico, o jornal apresenta vários fatos da vida de Jorge Mario Bergoglio e relata que seu batismo foi celebrado em Buenos Aires durante a noite de Natal, na pia batismal da Basílica Maria Auxiliadora e São Carlos de Buenos Aires, onde hoje expõe com orgulho um pequeno quadro com a cópia do certificado de batismo do primeiro pontífice argentino da história. 

Cita o artigo, que o mesmo Papa Francisco explicou sua relação com o missionário salesiano em uma carta escrita em 20 de outubro de 1990 ao sacerdote salesiano Cayetano Bruno: “Hoje faz 29 anos da morte do Padre Enrico Pozzoli e celebrei recentemente uma Missa por ele, que me batizou em 25 de dezembro de 1936″, diz a missiva. 

O Pe. Pozzoli morou na Argentina desde 1906 até sua morte, em 20 de outubro de 1961. Nasceu em novembro de 1880 em Senna Lodigiana, um pequeno povoado italiano próximo à ribeira do rio Po, e abandonou a Itália sendo um jovem sacerdote. 

O missionário “nunca teria imaginado que entre os fiéis que confiavam no seu acompanhamento estivesse também um futuro Papa e que sua semente tivesse dado um fruto tão célebre… não fez somente nascer a fé no futuro Papa Francisco, mas o acompanhou no seu crescimento cristão e foi seu pai espiritual até os 17 anos, quando amadureceu a vocação sacerdotal”, adiciona o jornal italiano. 

Da Argentina, o Pe. Pozzoli costumava escrever cartas para sua Itália natal a seus sobrinhos, onde explicava seu dia a dia entre imigrantes italianos e os nativos de Pampa. Também enviava fotografias que tirava em Buenos Aires e a Terra de Fogo, e atrás, anotava os quilômetros percorridos em cada viagem. 

Segundo o artigo, o Pe. Pozzoli também cuidou da saúde do jovem Bergoglio, e foi precisamente ele quem o animou a subir às montanhas de Tandil -ao sul de Buenos Aires-, para que se recuperasse da grave infecção nas vias respiratórias que o deixaria sem uma parte do pulmão direito. 

Agora os atuais vizinhos de Senna Lodigiana -o povoado que viu nascer o Pe. Pozzoli-, celebram saber que um patrício seu batizou ao sucessor de Pedro, o Papa Francisco. 

Fonte: ACI Digital

Deus não improvisa

Deus não improvisa
Conheça um belo exemplo de bondade
Frutos de Maria
Há quem diga que nossa vida é como o tear e todos os acontecimentos são como fios entrelaçados entre si e revestidos de significados. Nada acontece por acaso e, à medida que o tempo vai passando, vamos, cada vez mais, tomando conhecimento do “bordado”, resultado da nossa história. 

Contemplar a obra terminada é tarefa que foge das nossas mãos, mas colaborar para que ela seja apreciável é missão que se dá na generosidade partilhada por nós a cada dia. 

Nossa vida é repleta de acontecimentos, às vezes passam-se anos sem sabermos notícias de quem um dia fomos cúmplices e, de repente, o reencontro acontece. Em outros casos fomos ajudados por alguém e nunca o encontramos para, ao menos, lhe agradecer. Há também situações em que não conseguimos ser tão gentis com alguém como deveríamos, mas não houve tempo para, nem sequer, pedir-lhe perdão... E por aí seguem os acontecimentos que se entrelaçam como fios, dando cor e forma ao "bordado" da nosso história. 

Ouvi uma história que me fez pensar muito sobre isso. Partilho com você: 

Conta-se que, há muitos anos, um aristocrata inglês dirigia-se da Escócia para Londres a fim de participar de uma sessão urgente do Parlamento. A sua carruagem ficou atolada na lama e ele estava à beira do desespero quando um jovem camponês apareceu com a sua junta de bois e a puxou para a estrada seca. O homem nobre ficou tão grato que perguntou ao rapaz como lhe poderia agradecer. O rapaz respondeu que não era preciso nada, pois ficava feliz por ter sido útil. Mas o aristocrata insistiu, perguntando-lhe: “Com certeza tens um sonho, ou alguma coisa de que gostarias de realizar na vida?” Então o jovem respondeu: “Sempre sonhei em me tornar médico, mas isso nunca será possível para mim”. 

Quando o lorde chegou a Londres tomou providências para que o jovem camponês recebesse uma bolsa de estudos e estudasse nas melhores escolas. Anos mais tarde, num momento decisivo da Segunda Guerra Mundial, Sir Winston Churchill estava morrendo vitima da gripe pneumônica. Nessa ocasião foi-lhe administrado um novo remédio que lhe salvou a vida. Era a penicilina. O remédio tinha sido descoberto pelo Dr. Alexander Fleming, ninguém mais nem menos do que aquele jovem camponês. E o lorde inglês que lhe tinha dado a bolsa de estudo, era justamente o pai do próprio Winston Churchill.

É interessante observar, ainda mais com a ajuda da história, o quanto estamos interligados uns aos outros e como nossos atos gratuitos de bondade tocam as pessoas que estão à nossa volta. Fica bem claro que a lei da natureza funciona também neste sentido: O que plantamos é isso que vamos colher. 

Tudo começou com um simples gesto de bondade da parte de um rapaz do campo. A resposta foi outro ato de bondade, que se tornou benéfico para toda a humanidade. Milhões de pessoas, até hoje, são curadas de doenças terríveis graças à descoberta da penicilina. Ou seja: graças à generosidade partilhada pelo pobre e pelo rico. Este é um exemplo apenas, entre tantos que conhecemos. 

É bom saber que não estamos isolados neste mundo! Independentemente da nossa condição, nossos atos têm consequências e podem mudar muitas coisas. Eu, particularmente, já vi realidades difíceis serem mudadas pelos pequenos e constantes gestos de bondade. Poderia citar aqui o caso de um esposo agressivo, sem fé e preso aos vicíos voltar para sua família e tornar-se um homem bom devido ao amor persistente e corajoso de sua esposa, que nunca deixou de o tratar bem e rezar pela conversão dele durante anos. 

E a história não para, Deus, que é o Autor da bondade, constantemente bate à nossa porta à espera de que possamos dar um "sim" à generosidade, como fez a Virgem Maria. 

O Cardeal Inglês, Seán O'malley, certa vez em visita ao Santuário de Fátima, explicou que foi Nossa Senhora quem, generosamente, abriu as portas da humanidade para Deus entrar pelo "sim" dela. Segundo ele, Deus escolheu colocar o destino de todos os homens nas mãos de uma jovem e contar com a bondade dela para enviar Seu Filho ao mundo e, depois por intermédio d'Ele, nos salvar. 

E Maria, completamente livre diante de Deus, poderia ter se apegado aos seus projetos pessoais ou alegado estar ocupada, inclusive com “as coisas do Senhor”, a ponto de não O poder servir e Lhe dizer "não". No entanto, ela foi generosa, aceitou despojar-se de si mesma e, com seu “sim”, permitiu a Deus entrar na nossa história e na nossa família humana. Desta forma, a Santíssima Virgem tornou-se o modelo a ser seguido por cada um que, ao passar por este mundo fazendo o bem, deseja um dia ser reconhecido pelo Senhor como “Benditos do meu Pai [...]” (Mt 25,34). 

Hoje, inspirados pelo exemplo da Mãe de Deus e de tantos outros que conhecemos, tenhamos a coragem de optar pelo bem. Isso, sim, vale a pena! O tear da nossa vida precisa de fios coloridos e fortes para dar continuidade à obra começada desde o nosso nascimento. Estejamos atentos e não deixemos passar as oportunidades que temos de praticar o bem, principalmente para com os mais necessitados, sabendo que Deus não improvisa. A bondade ou a maldade que semeamos hoje havemos de colher amanhã. 

E viva a generosidade! 

Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Arraia do JOCAP

vem ai o 13º arraia do jocap  com muitas festa, comidas tipicas, apresentação de quadrilhas  e muito forro com Raniery e Cid dos teclados.

venha conferir 

Curar o coração machucado


Curar o coração machucado
A mágoa distorce nossos objetivos de vida
Frutos de Maria
O perdão é uma decisão pessoal que beneficia, em primeiro lugar, quem toma a iniciativa. O perdão é muito mais para mim do que para a pessoa que me ofendeu. Por isso, depende mais de mim do que dos outros. 

Perdoar é recuperar o poder sobre si mesmo. A mágoa me coloca na mão do outro; o perdão me devolve a autonomia sobre minha própria história. 

Perdoar é assumir o presente. Viver nele. Mergulhar nele. Perdoar é não sofrer por aquilo que não posso mudar ou resolver. Não podemos mudar o passado. Nunca! 

Perdoar é concentrar suas atenções sobre as coisas boas da vida. Se algo ou alguém estragou o meu passado, não permitirei que estrague também o meu futuro. Perdoar é começar a valorizar as bênçãos de Deus, as coisas boas. É sair do vício de ver sempre as mesmas coisas, do mesmo jeito.

Perdoar é tomar a decisão de começar uma vida nova. O que fazer para sofrer menos? Isso exige buscar em primeiro lugar o reino de Deus. É decidir-se pela primazia do reino, e não do encardido. É optar pelo bem. Divulgá-lo. É aprender a sintonizar-se no bem. 

“Abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam” (Lc 6,28). “Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do Céu, pois Ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos” (Mt 5,44-45). Você não pode mudar um acontecimento do passado, mas pode mudar a maneira de falar sobre ele. Com Jesus é possível achar um ponto de vista mais positivo e esperançoso. 

Recorde seus grandes objetivos de vida. A mágoa distorce os objetivos. Esquecemos as grandes e permanentes verdades e nos guiamos por momentos. Qual é mesmo a minha grande meta? Vocação! 

A vida sempre segue adiante. Não pára. Devemos aprender a concentrar nossas atenções sobre as coisas boas da vida. Se já se estragou o passado, não permita que se estraguem o presente e o futuro. Não devemos sofrer por aquilo que não podemos mudar. Não podemos mudar o passado. 

Ao machucar uma pessoa, você se torna inferior a ela; ao se vingar, você se iguala; só é superior quem aprende a perdoar. A mágoa foi o jeito que o encardido encontrou para permanecer conosco todos os dias, até os confins dos tempos. 


Padre Léo, scj 

(Extraído do livro “Gotas de cura interior”)

Fonte: Canção Nova

Liturgia diária


Mt 7, 21-29

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus -

 Naquele tempo,21Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? 23E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus! 24Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína. 28Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.29Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas. 

- Palavra da salvação.

Como viver sempre contente?


Como viver sempre contente?
Aprenda a guardar as coisas boas no coração
Frutos de Maria
“Examinai tudo, abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda a espécie de mal” (1Ts 5,21-22). 

Olhe para você mesmo. Você já aprendeu a conservar aquilo que é bom em você? Tente escrever algumas páginas de algumas coisas boas em sua vida e coisas boas que você tem. Alguns vão encontrar dificuldade, porque parece mais fácil conservar o que é mau, o que é negativo. Por isso somos infelizes. Como viver sempre contente? Conservando o que é bom e se apartando do mal; e apartar é separar. Será que eu separo o mal de minha vida ou parece que tenho um arquivo onde registro tudo aquilo que é negativo? 

O que é discernir? É o dom do discernimento que o Espírito Santo nos dá, é a capacidade de partir ao meio, é saber tomar o lado bom e o lado ruim. Lembre-se do discernimento feito por meio de uma palavra de sabedoria de Salomão. Quando duas mulheres brigavam por uma criança, ele mandou partir a criança ao meio. Aquela que não aceitou a terrível decisão era a verdadeira mãe. 

Então, o que é discernir? Discernir é partir, examinar, estudar, olhar as coisas por outro lado. Isso é o difícil da vida, porque sempre achamos certo o nosso lado. 

Discernir é não julgar pelas aparências. Todo ponto de vista é a vista a partir de um ponto. Discernir é olhar de todos os ângulos possíveis, com todas as possibilidades. Por que brigamos? Porque aprendemos a conservar, no coração, aquilo que é ruim, e nisso existe um grande especialista, o pai de toda essa escola: o encardido. Aquele que é de Deus dá fruto de Deus. Conhecemos uma árvore pelos frutos e não pela casca. E o grande fruto do Senhor é aprender a guardar, no coração, as coisas boas. Esse é o primeiro ponto. E o segundo é afastar-se do mal. 

Veja a pedagogia de São Paulo. Alguns salmos usam essa jogada de palavras: apartai-vos do mal, apegai-vos ao bem. Nesse texto, ele faz o contrário. Se você quer ser feliz em Deus, a primeira coisa a fazer é guardar, dentro do coração, as coisas boas. Primeiro o bom, depois afastar-se do mal. Nós queremos consertar uma pessoa combatendo seus defeitos. Coitado, vai combater defeitos a vida inteira! Se quisermos ser felizes em Deus, a primeira coisa a fazer é encher-nos do bem, conservar no coração e na vida as coisas boas. Qual é o segredo da felicidade de Maria? Segundo o Evangelho, ela conservava a Palavra em seu coração. 

Conservar tem dois aspectos. O primeiro deles é fazer conserva. Na região sul, por exemplo, é muito comum, na época de colheita, na qual as coisas são baratas, colocá-las na conserva. O segundo aspecto de conservar é guardar com cuidado, com sabedoria. Conservar significa que o que estava estragado já fora descartado antes. Imagine se você colocasse, em sua cozinha, um caixote onde seriam depositados todos os restos de comida estragados. O que aconteceria? Primeiro, iria apodrecer; depois, cheirar mal; em seguida, apareceriam moscas, ratos e baratas; por último, o caixote apodreceria. E por que fazemos assim com as coisas da vida? O coração de algumas pessoas é como um caixote desses, cheio de coisas que não prestam. Algumas pessoas tem o dom de guardar coisa ruim no coração. Se quero ser feliz, preciso conservar o que é bom, em primeiro lugar, com relação a mim mesmo. O que eu tenho de bom? Minhas qualidades, as coisas boas que já fiz, as coisas boas que sinto. 

O encardido não quer que nos convençamos de nossas qualidades. Ele fica feliz quando achamos que não valemos nada, porque ficamos parecidos com ele. Qual é a grande característica de Deus na Bíblia? Ele sempre vê o lado bom. Primeiro capítulo da Bíblia, sete vezes: “E Deus viu que tudo era bom...” E nós vemos que tudo é ruim. As pessoas ganham o dom de reclamar, a oração de lamúria, o louvor ao encardido. 

Percebem a importância de conservar aquilo que é bom? E como devemos conservar as coisas que vem de Deus? Os nossos olhos estão sendo educados para enxergar o quê? Aquilo que é ruim. 


Padre Léo, scj 

(Extraído do livro “Buscai as coisas do Alto”)

Fonte: Canção Nova

São Cirilo de Alexandria


São Cirilo de Alexandria
São Cirilo, Patriarca de Alexandria, sobrinho e sucessor do Patriarca Teófilo, governou a Igreja de Alexandria durante 23 anos. Fechou todas as igrejas novacianas, expulsou da cidade os judeus, o que lhe importou grave conflito com o governador Orestes. Opôs-se com toda a energia à heresia nestoriana.
Cirilo nasceu no ano de 370, no Egito. Era sobrinho de Teófilo, bispo de Alexandria, e substituiu o tio na importante diocese do Oriente de 412 até 444, quando faleceu aos setenta e quatro anos de idade.
Foram trinta e dois anos de episcopado, durante os quais exerceu forte liderança na Igreja, devido à rara associação de um acurado e profundo conhecimento teológico e de uma humildade e simplicidade próprias do pastor de almas. Deixou muitos escritos e firmou a posição da Igreja no Oriente. Primeiro, resolveu o problema com os judeus que habitavam a cidade: ou deixavam de atacar a religião católica ou deviam mudar-se da cidade. Depois, foi fechando as igrejas onde não se professava o verdadeiro cristianismo.
Mas sua grande obra foi mesmo a defesa do dogma de Maria, como a Mãe de Deus. Ele se opôs e combateu Nestório, patriarca de Constantinopla, que professava ser Maria apenas a mãe do homem Jesus e não de Um que é Deus, da Santíssima Trindade, como está no Evangelho. Por esse erro de pregação, Cirilo escreveu ao papa Celestino, o qual organizou vários sínodos e concílios, onde o tema foi exaustivamente discutido. Em todos, esse papa se fez representar por Cirilo.
O mais importante deles talvez tenha sido o Concilio de Éfeso, em 431, no qual se concluiu o assunto com a condenação dos erros de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Nossa Senhora. Além, é claro, de considerar hereges os bispos que não aceitavam a santidade de Maria.
Logo em seguida, todos eles, ainda liderados por Nestório, que continuaram pregando a tal heresia, foram excomungados. Contudo as ideias “nestorianas” ainda tiveram seguidores, até pouco tempo atrás, no Oriente. Somente nos tempos modernos elas deixaram de existir e todos acabaram voltando para o seio da Igreja Católica e para os braços de sua eterna rainha: Maria, a Santíssima Mãe de Deus.
Cultuado na mesma data por toda a Igreja Católica, do Oriente e do Ocidente, são Cirilo de Alexandria, célebre Padre da Igreja, bispo e confessor, recebeu o título de doutor da Igreja treze séculos após sua morte, durante o pontificado do papa Leão XIII.
Oração:
“Eu vos saúdo, Maria, mãe de Deus, tesouro venerável de todo o universo, farol que se não extingue, brilhante coroa da virgindade, cetro da boa doutrina…Eu vos saúdo, vós que, no vosso seio virginal, contivestes aquele que é imenso e incompreensível; vós por quem a Santa Trindade é glorificada e adorada; vós por quem a cruz preciosa do Salvador é exaltada por toda a terra; vós por quem o céu triunfa, os anjos se rejubilam, os demônios fogem, o tentador é vencido, a criatura culpada se eleva ao céu, o conhecimento da verdade se estabelece sobre as ruínas da idolatria; vós por quem os fiéis obtêm o batismo, e são ungidos com o óleo da alegria; vós, por quem todas as igrejas do mundo foram fundadas, e as nações conduzidas à penitência; vos, enfim, por quem o Filho único de Deus, que é a luz do mundo, iluminou aqueles que se achavam sentados nas sombras da morte!…Haverá homem que possa louvar dignamente a incomparável Maria?”
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O jovem e a Igreja


O jovem e a Igreja
Confira o testemunho de quem está compreendendo a Fé
Frutos de Maria


Da redação
André Alves 

A equipe do tamujuntojmj.cancaonova.com iniciou nesta segunda-feira, 24, uma série de reportagens sobre a juventude, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013, que acontece no próximo mês. 

Nesta primeira matéria, o assunto é a relação do jovem com a doutrina da Igreja. Conforme o Doutor em Teologia, padre Anderson Marçal, a doutrina representa valores que a Igreja possui, derivados principalmente dos ensinamentos de Jesus. Segundo ele, esses valores não vão contra a humanidade, mas é a maneira como o homem deve viver, conforme o modelo de vida de Cristo. 

Não faz muito tempo que o jovem Rafael Morais, 22 anos, de Cruzeiro (SP), passou a se relacionar com a doutrina católica. O interesse em estudar a fé surgiu após os primeiros contatos com o YouCat – Catecismo Jovem, lançado por Bento XVI na JMJ Madri. 

Rafael explica que antes tinha certa resistência com relação à doutrina, e o motivo, segundo ele, era a falta de conhecimento. “Eu achava que a Igreja e o que ela ensina, eram coisas pra pessoas idosas, gente com pique pra ler tudo aquilo. Pra mim, a doutrina da Igreja, as formas como ela a mostrava se resumiam em palavras difíceis de se entender. Hoje, eu vejo que não é nada disso; são palavras simples, capazes de penetrar o coração de um jovem”. 

Segundo Rafael, o preconceito para com a doutrina foi vencido pelo ato de conhecer melhor o que diz a fé católica. “Quanto mais me aprofundei e procurei saber o que de fato a Igreja queria dizer com aquilo, essa resistência foi quebrada e passei a aceitar o que a Igreja ensina. Afinal, ela não nos impõe nada, mas nos oferece. Cabe a nós aceitar ou não”. 

Padre Anderson sugere o encontro com Jesus como a melhor forma de lidar com as discordâncias relacionadas à fé. Para ele, o Cristianismo não são apenas normas sobre o que se deve ou não fazer, mas é um encontro com Deus. “Porque, quem diz não é a Igreja; ela apenas obedece os ensinamentos de Jesus”, reforçou. 

Hoje, Rafael é um estudante assíduo dos escritos dos Papas, do Catecismo Católico – tanto na versão jovem como o tradicional – e do Compêndio do Concilio Vaticano II. Faz parte do grupo de estudos YouCat School da Paróquia Santa Cecília em Cruzeiro. O objetivo do grupo é estudar a doutrina da Igreja de um jeito simples e jovem. 

O jovem e sua formação doutrinal permanente 

A jornalista Joice Reis, 25 anos, do Rio de Janeiro, não encontrou grandes dificuldades para absorver a fé. A jovem é de família católica e desde a infância recebe educação cristã em casa; frequentou a catequese paroquial, fez primeira Eucaristia e foi crismada. Entretanto, ela acredita que a formação cristã não deve se limitar à catequese inicial, mas ser um processo constante. 

“Nós vivemos num mundo que está sempre com questionamentos, apresentando questões novas, trazendo situações adversas que talvez não tenhamos vivido ainda, por isso, a doutrina é como um porto seguro onde devo recorrer sempre para direcionar minha opinião e minhas atitudes”. 

Apesar da formação recebida em casa e na Igreja, Joice dedica um tempo do dia para o estudo da Bíblia e do Catecismo, que considera uma “fonte riquíssima”, embora pouco acessada pela maioria dos fiéis. 

“Os ensinamentos da Igreja são ricos, principalmente no que diz respeito à sexualidade e afetividade. Às vezes, reclamamos de não sabermos o que a Igreja ensina sobre esse assunto, mas não procuramos conhecer melhor. É preciso ter busca”, salientou. 

Por uma minoria, a doutrina católica é considerada ultrapassada e retrógrada. Joice é contundente em afirmar o contrário: “Acho que a doutrina da Igreja é coerente! Ela te leva a um caminho de liberdade. A gente ouve muito as pessoas dizerem que as verdades que a Igreja ensina são restrições, e a pessoa se sente tolhida diante disso, sendo que na verdade ela quer viver de uma forma mais livre. Mas pra mim, todas as colocações que a Igreja faz, e algumas restrições sim, são um caminho de liberdade onde, por escolha pessoal, submeto minha vontade, minha inteligência à vontade de Deus, àquilo que é a minha fé, que acredito ser verdade”. 

Joice ainda completou: “São propostas de liberdade, que exigem renúncia sim, mas que me trazem um benefício, e que para alcançá-lo eu faço essa opção”. 

De acordo com padre Anderson Marçal, a doutrina não é ultrapassada porque ela leva em consideração os valores que não mudam. “O valor à vida, à família, à pessoa humana, à verdade, ao amor; são valores imutáveis”, disse ele. “Quando a Igreja aprova ou desaprova uma determinada situação significa que ela vai a favor dos valores que não mudam ou vai contra os mesmos”. 

A autenticidade cristã e o relativismo social 

Para ser cristã autêntica, numa sociedade relativista, Joice acredita que é preciso amadurecimento em todas as áreas, a busca por se conhecer e a firmeza nos valores recebidos. “Não sou uma Joice na minha casa, outra na Igreja, outra no meu trabalho, sou a Joice integral. Então eu carrego comigo tudo que é próprio do meu ser em todos esses ambientes”. 

“No meu trabalho sou chamada a dar testemunho da minha fé, assim como na Igreja e em todos os ambientes onde eu vou. Não é fácil, porque muitas vezes somos questionados, interpelados, ironizados, mas como uma pessoa de fé sou chamada a dar respostas diferentes em todas as situações”, afirmou convicta. 

Joice testemunha que é possível ser uma cristã autêntica e continuar sendo jovem no mundo. “Não deixo de conviver com meus amigos, não deixo de me divertir; vivo meu profissional, meu familiar, meu noivado, mas fazendo escolhas que dizem daquilo que acredito. Em nenhum momento eu me sinto tolhida ou oprimida por regras e restrições, mas as minhas escolhas me levam a um caminho de descoberta e crescimento como pessoa”. 

Sobre o desafio de ser jovem católico que adere a Cristo sem receios, padre Anderson, completa a opinião de Joice: “o jovem que quer viver a verdade do Evangelho precisa ir à busca Daquele que falou. É apenas um encontro pessoal com Aquele que disse o que devemos fazer – e esse é Jesus Cristo – é que vai dar um novo horizonte à nossa vida”

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Litugia Diária


Mt 5,27-32

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus
- Naquele tempo,27Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar
um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu
coração. 29Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo todo seja lançado na geena. 30E se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo inteiro seja atirado na geena. 31Foi também dito: Todo aquele que rejeitar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32Eu, porém, vos digo: todo aquele que rejeita sua mulher, a faz tornar-se adúltera, a não ser que se trate de matrimônio falso; e todo aquele que desposa uma mulher rejeitada comete um adultério.
- Palavra da salvação.


Reflexão 
O valor da pessoa humana não pode ser diminuído em hipótese alguma. O Evangelho de hoje nos mostra o valor da pessoa como motivação para a vivência plena da Lei. Não é porque eu não fiz nada que eu não desrespeitei. Jesus não quer apenas ato, ele exige de nós uma postura evangélica de quem é capaz de ver o outro e a outra como seres criados à imagem e semelhança de Deus, mas também como renascidos em Cristo para uma vida nova, membros do Corpo Místico de Cristo, unidos a Cristo como o ramo está unido à videira, Templos vivos do Espírito Santo e como consagrados pela graça do Batismo, ou seja, pertencentes ao Pai, amados e amadas por ele e que devem ser respeitados e valorizados.
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Santo Eliseu


Santo Eliseu
Profeta (+ Palestina, séc. IX A.C.)
Era o discípulo perfeito do Profeta Elias, do qual possuiu, conforme narra a Escritura, o duplo espírito. Ambos, mestre e discípulo, considerados fundadores da Ordem do Carmo. Antes do desaparecimento de Elias, num turbilhão de fogo, Eliseu pediu-lhe: “Dá-me uma porção dobrada do teu espírito”. E o pedido foi ouvido. Eliseu foi sepultado perto de Samaria.
“Elias passou diante de Eliseu e pôs-lhe em cima a sua capa. Então, Eliseu abandonou os bois e seguiu Elias, ficando ao seu serviço” (1 Re 19, 21). Eliseu recebeu o espírito de Elias e, entre muitos outros milagres que fez, curou Naamã da lepra e ressuscitou uma criança. Viveu no meio dos filhos dos profetas e, em nome do Senhor, interveio muitas vezes nos acontecimentos do povo de Israel.
A Ordem do Carmo, lembrada da sua origem no Monte Carmelo, quis, por meio da celebração litúrgica dos grandes profetas Elias e Eliseu, perpetuar a memória da sua presença e das suas obras. Foi por isso que o Capítulo Geral de 1399 decretou a celebração da festa de Santo Eliseu no mesmo dia em que já desde o séc. VIII as Igrejas orientais o celebravam. Nos nossos dias este profeta patenteia como se deve executar a missão profética na fidelidade ao Deus verdadeiro e ao serviço do seu povo.
Eliseu significa “meu Deus é salvação” em hebraico. Sua atividade profética foi exercida em Israel durante os reinados de Ocozias, Jorão, Jeú e Joacaz. Ele era filho de Safat e vivia em Abel-Meolá, onde Elias o encontrou e o ungiu conforme o Senhor ordenara. Então, ele passou a acompanhar Elias até quando este foi arrebatado ao céu.
Eliseu exerceu sua atividade durante mais de sessenta anos. Assim, ele acompanhou de perto a sucessão de vários reis e presenciou muitas guerras, invasões e fomes que assolaram Israel. O rei Jeú foi ungido por Eliseu, o qual o apoiou em sua determinação de acabar com o culto pagão ao deus Baal.
Ao longo dos tempos, foram surgindo muitas histórias, lendas e fatos admiráveis em torno da figura de Eliseu, as quais demonstram o quanto ele foi um profeta querido entre o povo. Mais ainda, demonstram o quão grande era sua determinação em servir a Deus e levar o povo a também servir ao Senhor. Ele, desde quando começou a acompanhar Elias, foi um homem cheio de fé e confiança em Javé, a quem dedicou todo o amor com total e absoluta entrega.
Na época em que Joás era o rei de Israel, Eliseu adoeceu e morreu já em idade avançada. Antes de sua morte, Joás foi visitá-lo e lamentou que grande perda seria para Israel a morte do profeta.

Política, um dever do católico


Frutos de MariaPolítica, um dever do católico
Atuar na política, diz Papa, é uma forma de caridade
O Papa Francisco recordou um ensinamento grave da Igreja acerca da participação dos leigos na política. Respondendo à pergunta de um jovem, o Santo Padre afirmou que "temos que nos envolver na política, porque ela é uma das formas mais altas de caridade". Questionou ainda as razões pelas quais ela está "suja": "está suja por quê? Por que os cristãos não se envolveram nela com espírito evangélico?". Para o Pontífice, o fiel não pode se fazer de Pilatos e lavar as mãos. "É fácil colocar a culpa nos outros, mas e eu, o que faço?", perguntou Francisco ao grupo de estudantes do Colégio Jesuíta da Itália, durante um encontro na última sexta-feira, 7 de junho, no Vaticano. 

O alerta vem em boa hora, sobretudo quando se vê a aprovação de leis cada vez mais iníquas em países de longa tradição católica. Essa derrocada dos princípios cristãos deve-se, entre outras coisas, à negligência dos leigos e pastores e ao relativismo de muitos políticos que se dizem cristãos, mas na prática, professam outras doutrinas. Embora se tente dizer que é vedado à Igreja opinar sobre questões ligadas ao Estado, o Papa Bento XVI, por ocasião das eleições de 2010, lembrou aos bispos brasileiros que "quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas". 

A legítima separação entre Igreja e Estado, instituída por Cristo quando disse "dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é Deus", não significa de maneira alguma que a moral oriunda da lei natural possa ser relativizada no campo político. E cabe aos cristãos impedir qualquer tentativa que caminhe neste sentido. Um documento da Congregação para Doutrina da Fé, assinado pelo então Cardeal Joseph Ratzinger em 2002, sobre a atuação dos leigos católicos na política ensina precisamente isso: "não pode haver, na sua vida, dois caminhos paralelos: de um lado, a chamada vida espiritual, com os seus valores e exigências, e, do outro, a chamada vida secular, ou seja, a vida de família, de trabalho, das relações sociais, do empenho político e da cultura". 

E aqui deve-se trazer à memória o testemunho contumaz de vários santos, como São Tomás More, que sofreram o martírio por se recusarem a obedecer leis contrárias à reta moral. Ensina o Catecismo da Igreja Católica que "se acontecer de os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem moral, estas disposições não poderão obrigar as consciências" (1903). Ademais, continua o Catecismo, "a recusa de obediência às autoridades civis, quando suas exigências são contrárias às da reta consciência, funda-se na distinção entre o serviço a Deus e o serviço à comunidade política", (2242). 

Realizada na Irlanda a maior marcha pró-vida da história do país As passeatas francesas, conhecidas como "La Manif pour tous", contrárias ao "casamento" entre pessoas do mesmo sexo, as Marchas pela Vida que ocorrem nos Estados Unidos e, mais recentemente, na Irlanda, sendo as maiores dos últimos anos, são também um ótimo exemplo a ser seguido pelos demais leigos católicos. Outro fato louvável é a atuação da ministra do Trabalho e Assuntos Sociais na Alemanha, Úrsula Von der Leyen, que está rompendo paradigmas ao mostrar que é possível ter uma família numerosa, mesmo trabalhando. Úrsula é mãe de sete crianças e chama a atenção no seu país por saber conciliar os trabalhos políticos com os cuidados do lar. Segundo a ministra, "comprovamos que sem crianças um país não pode seguir existindo, por razões econômicas e também emocionais". 

A história dos últimos vinte anos mostra de maneira incisiva o declive no qual se coloca a sociedade cristã, quando esta não assume de maneira responsável seus encargos na esfera política. Vê-se a ascensão de governos anticristãos coniventes com todo o tipo de perversidade e imoralidade. Essa crise tem uma razão, diria São Josemaria Escrivá. É uma crise de santos. Somente um testemunho santo e piedoso terá a força para barrar o avanço do mal. 

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

Fonte: http://padrepauloricardo.org/

quinta-feira, 13 de junho de 2013

É namoro ou amizade?


Frutos de MariaÉ namoro ou amizade?
Tenha a coragem de entregar um pouco sua história
A vida é uma experiência que, a cada momento, nos oferece infinitas escolhas, e temos sempre de escolher uma ou duas, ou até não escolher. Desde o momento em que acordamos, estamos escolhendo. Já pensou nisso? Não? Pensemos juntos, então!

Ao acordar, você já vive um enorme drama: abrir os olhos ou deixá-los fechados e, assim, curtir mais um pouco a cama? Tomar um banho ou primeiro escovar os dentes? Ou os dois ao mesmo tempo? Enquanto você toma banho, já ganha tempo escovando os dentes! Ir com aquela camisa azul ou com a branca? Escolhas, escolhas e mais escolhas! 

Toda escolha gera angústia e até mesmo certa dúvida! Agora, pense escolher alguém para entregar seu coração e sua alma... Difícil, não? 
Aqui, abro um parênteses: ficar não é um primeiro passo para quem quer um amor maior. Ficar não é a antessala do namoro. Ficar é para quem se contenta em levar uma vida sem compromissos, experimentando e sendo experimentado. Desculpe-me se peguei pesado, mas cabe a mim e a você escolher o estilo de vida que queremos ter!

Cristão não fica, mas namora! Sobre isso, falei no livro 'Nasci pra dar certo!'. Se quiser saber o quanto ficar nos descaracteriza, leia-o. Mas se você está a fim de encarar uma vida autêntica, aventure-se no amor, o qual tem um tempo maravilhoso de descobertas! Fecho parênteses. Continuemos nossa busca pelo “Amor Maior”. 

Escolher alguém para entregar nosso coração soa até romântico, não? Mas se levarmos em conta que, segundo a Palavra de Deus, o “coração” é a sede dos sentimentos, podemos dizer que namorar é escolher alguém para entregar nossos sentimentos, aquilo que somos e temos de melhor. Essa não é uma tarefa fácil, principalmente em um tempo no qual o "descartável" está em alta, e, infelizmente, as pessoas não só consomem coisas descartáveis como querem pessoas descartáveis. Usar e depois jogar fora! Não deve ser assim para quem quer ter uma vida de valer a pena. Precisamos escolher a quem entregar o presente de nosso coração, nossos segredos, nossos sonhos! 

Não é um peso, mas uma decisão. Por isso, a amizade é um primeiro passo para quem quer uma (um) namorada (o) de valer a pena. Ter a coragem de, antes de entregar seus carinhos, abraços e beijos, entregar um pouco sua história. Será ela (e) capaz de receber você com aquilo que, de mais lindo, você traz em si? Também será capaz de receber o seu “pior” e, mesmo assim, ter a disposição de construir com você algo de bom? 

A amizade nos pontualiza frente àquela (e) que apareceu em nosso caminho. Neste momento, somos provocados a responder algumas perguntas: "É com essa pessoa que estou disposto a caminhar, lado a lado, na estrada de uma vida feliz? Será que meu coração bate na sintonia do coração dela? Será que tenho disposição de ir além do sentimento e decidir-me a amá-la com seus limites e imperfeições? 

Sei que parece meio estranho a palavra “escolha”, e você deve não concordar comigo, pois eu não mando no coração. Ele gosta de quem quiser e na hora que quiser! E ainda você deve dizer: “É algo que vem de dentro e não tenho muito controle sobre isso!”. 

Concordo que vem de dentro, mas descordo do fato de que não se tem controle sobre ele, pois a grande beleza está em você se controlar, pois isso nos difere dos animais. Devemos agir além de nossos sentimentos e instintos. A beleza mais profunda está em nossa liberdade de assumir a vida e com ela também o coração. Sempre você poderá escolher. Assim, o caminho de amizade será bem oportuno para você se decidir, com sentimento e razão, se vale a pena entrar em determinado relacionamento ou não. 

Se eu disse que para começar um namoro deve se partir de um coração amigo, quero enfatizar que, nesta hora, você precisa também ser inteligente o bastante para ir se percebendo, dando e colhendo sinais de que o amor, ali presente, vai além de uma mera amizade. 

Sei que nem preciso falar, pois, quando estamos apaixonados, tudo muda, não é? A cor do nosso rosto, o brilho dos nossos olhos, nosso corpo vai reagindo também. No momento certo, não tenha medo de dar o passo. Lógico que nós homens temos, por excelência, essa missão e precisamos assumir nosso papel. Mulheres, não tenham medo de serem encontradas! Um coração ancorado em Deus sabe o momento certo. 

Não curto muito a ideia de as pessoas deixarem a parte humana, ou seja, a nossa, para Deus executar. Tais como fazer novena para este santo ou aquele em troca de “favores” para conseguir um namoro ou fazer da oração um momento de colocar Deus na parede para que mostre se é ou não aquela a pessoa certa. 

Um coração ancorado em Deus sabe ler, nos acontecimentos e na oração, o momento e a hora, mas isso não tira a parte que nos cabe! Afinal de contas, quem vai namorar somos nós. 

O Pequeno Príncipe nos ensina muito quando diz: “O essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração!” Esteja atento àquilo que você não consegue ver, pois, geralmente, é isso que permanece. O que vemos, como a beleza ou os bens que o outro tem, podem passar, mas aquilo que se tem dentro só tende a melhorar! 

E aí, é namoro ou amizade? 

(Extraído do livro "Quero um Amor Maior")